Hoje, 5 de julho, completa um ano dos distúrbios em Urumqi, capital da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China. Ainda hoje as pessoas se desesperam ao recordar a violência observada naquele dia. No entanto, o assunto mais comentado atualmente nas ruas é o desenvolvimento socioeconômico pelo qual passa Xinjiang. Especialistas apontam que, com a aplicação de uma série de medidas preferenciais, os habitantes de Xinjiang estão lutando, junto com todo o povo chinês, pelo crescimento da região.
Dias atrás, em um seminário sobre trabalhos relativos à Xinjiang convocado pelo governo central, o país tomou importantes decisões e disposições para incentivar o desenvolvimento rápido e manter a segurança e estabilidade local. A população de Xinjiang não esconde a preocupação sobre se as medidas preferenciais adotadas pelo governo central serão aplicadas em um ambiente social seguro e estável. O pesquisador da Academia de Ciências Sociais da China, Li Sheng, acha que o incidente do dia 5 de julho exerceu influências negativas sobre os habitantes de Xinjiang, mas entende que o governo está empenhado em manter o ambiente tranquilo da região.
"Um incidente como aquele não ocorria em Xinjiang há 100 anos. Ainda existem ameaças. O que é mais necessário ao povo de Xinjiang é primeiro segurança, depois estabilidade. A segurança depende de autoridades como polícia e exército. E a tarefa prioritária do governo é evitar a violência e o terrorismo."
Com a pré-condição de segurança e estabilidade social, o governo central vem aditando uma série de medidas preferenciais para apoiar o desenvolvimento econômico de Xinjiang. A vice-diretora do departamento de desenvolvimento econômico do Centro de Pesquisa do governo regional de Xinjiang, Li Xin'e, considera que o crescimento local depende da sabedoria, esforço e inovação de todas as etnias que compõem a população da região.
Segundo informações, no seminário realizado pelo governo central foi decidido que até 2015 o PIB anual per capita de Xinjiang deve chegar ao nível médio do restante do país. Em relação ao desenvolvimento da região, o governo central entende que a melhoria das condições de vida da população deve ser o ponto de partida para todos os trabalhos. O pesquisador Li Sheng apontou:
"O governo central determinou que todo o país apoie o crescimento de Xinjiang, especialmente as províncias mais desenvolvidas economicamente. Com o desenvolvimento socioeconômico, a vida da população deve ter uma melhora considerável, o que é o desejo de todos. Se os problemas relacionados à vida dos cidadãos não forem resolvidos, a confiança do povo será afetada."
Para melhorar as condições de vida da população, o governo regional de Xinjiang estabeleceu metas objetivas: concluir o projeto de habitação para 700 mil famílias rurais dentro de 5 anos; resolver a questão da moradia de 100 mil famílias de pastores dentro de 10 anos; popularizar o ensino de bilíngue (mandarim e uma das línguas das minorias éticas); e estender o novo sistema de aposentadoria rural a toda região.
Com as políticas preferenciais, chineses de todas as etnias estão buscando construir um futuro melhor em Xinjiang.
(por Shi Liang)