O presidente da China, Hu Jintao, visitou o Canadá entre os dias 23 e 27 deste mês e participou da 4ª Cúpula do G20, realizada em Toronto. O chanceler chinês, Yang Jiechi, que acompanhou a viagem, considera que esta foi uma visita para aumentar a confiança mútua e ampliar as cooperações, e conseguiu êxitos notáveis.
O chanceler avaliou que esta visita foi feita na circunstância em que se comemora o 40º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Canadá, que a economia mundial está se recuperando, apesar das incertezas, e que o risco de dívidas públicas da Europa está aumentando.
Durante os quatro dias em que esteve no Canadá, Hu participou de mais de 30 atividades bilaterais e multilaterais. Nos encontros com líderes do país, o presidente chinês destacou a sustentação da China de ampliar as cooperações bilaterais e promover o desenvolvimento da parceria estratégica. Os dois países reiteraram a importância da parceria sino-canadense e concordaram em aumentar o volume de comércio bilateral para US$ 60 bilhões até 2015. Além disso, departamentos governamentais e empresas dos dois países assinaram dez documentos de cooperações nas áreas de comércio, turismo e recursos. Na opinião do chanceler chinês, toda a sociedade do Canadá deu boas avaliações à visita de Hu.
Na Cúpula de Toronto, os participantes discutiram principalmente questões globais, como a situação econômica e financeira do mundo, o marco vigoroso, sustentável e equilibrado para crescimento econômico e a reforma das instituições financeiras internacionais. A posição da China sobre estas questões sempre desperta atenção.
Na reunião, Hu afirmou que o impacto profundo da crise financeira ainda não foi eliminado e que o risco sistemático e estrutural da economia mundial continua sendo um problema de destaque. Ele solicitou uma cooperação de "mãos dadas" para superar a crise.
Ele deu três sugestões para promover o crescimento da economia global de maneira forte, sustentável e equilibrada: transformar o G20 em um mecanismo de combate à crise financeira como plataforma principal de cooperação econômica internacional; apressar a criação de uma nova ordem financeira equilibrada, justa e tolerante; e promover o sistema de comércio global de forma aberta e livre.
Ele enfatizou que uma supervisão mais intensa deve ser feita às instituições de classificação de operação de crédito, que a independência destas entidades deve ser reduzida, e que as disciplinas e normas dessas instituições devem ser melhoradas para que o resultado da classificação reflita corretamente a situação da economia de um país.
Sobre a reforma das instituições financeiras, Hu Jintao apelou que mais funcionários dos países em desenvolvimento e de economias emergentes assumam altos cargos nas instituições internacionais, a fim de aumentar voz deles nas entidades. A supervisão deve ser fortalecida às políticas macro-econômicas aplicadas pelos emissores das principais moedas de reserva do mundo, acrescentou Hu.
O chanceler chinês indicou que o discurso do presidente Hu Jintao apresenta as sustentações e preocupações da China e corresponde aos interesses comuns da comunidade internacional. Os outros participantes da reunião acham que a China está com uma atitude mais madura e responsável no cenário internacional e desempenha um papel cada vez mais importante no tratamento dos assuntos políticos e econômicos internacionais.
Durante a cúpula, o presidente chinês ainda se reuniu com líderes de outros países, como EUA, Rússia, Reino Unido e Japão, discutindo com eles sobre confiança política, relações bilaterais, cooperações, e o desenvolvimento saudável do G20.
O chanceler Yang concluiu que a visita de Hu realizou as metas previstas de aprofundar a parceria estratégica com o Canadá, promover o desenvolvimento do G20 e impulsionar a recuperação econômica. Segundo ele, a China quer esforçar-se, ao lado dos outros países membros do G20, para o crescimento da economia mundial.
(por Shi Liang)