O governo chinês planeja nivelar o PIB per capita de Xinjiang à média do país, com o objetivo de melhorar a vida da população local. A informação foi revelada durante um seminário sobre o desenvolvimento de Xinjiang, realizado entre os dias 17 e 19 de maio.
Para alguns analistas, a reunião marca o início da assistência ofertas pelas 19 províncias e municípios chineses para Xinjiang e dará grandes oportunidades para seu crescimento.
Xu Jianying, erudito da Academia Chinesa de Ciência Social em história e geografia da região fronteiriça, opinou que a conclave dá três sinais importantes.
"O seminário eleva o grau da importância dada pelo Estado à Região Autônoma Uigur de Xinjiang, segundo, enfatiza o crescimento da região, especialmente a melhoria da vida de população, terceiro, coordena a força nacional para apoio do desenvolvimento de Xinjiang".
Devido a motivos histórico, natural e social, existiu, durante um longo período, uma diferença visível entre o desenvolvimento sócio-econômico de Xinjiang e o leste do país. O governo chinês ordenou que a melhoria da qualidade da vida da população seja priorizada no desenvolvimento de Xinjiang, e que a maior parte da verba e assistência financeira da região se destine a essa área. O governo central espera ainda que até 2015, o PIB per capita da região autônoma atinja o nível médio da nação.
Para Xu Jianying, a garantia e melhoria da qualidade de vida é a chave para promover a economia da região:
"Xinjiang é uma região de diversas etnias, cujo desenvolvimento é naturalmente diferenciado. No entanto, a melhoria da qualidade de vida pode ser a vontade comum de todos. No curto prazo, precisamos resolver os problemas encontrados na vida cotidiana do povo que vive no sul de Xinjiang, particularmente a vida prática, educação e seguro pra idosos."
O governo chinês sugeriu, na reunião, reforçar a produtividade agrícola e construção de infraestrutura, e destinar maior verba para o serviço público e projetos de benefício público. A promoção de empregos e combate à pobreza também foram citados pelo governo. Espera-se que a pobreza absoluta seja eliminada até 2020.
O seminário elaborou ainda uma programação sobre a exploração e utilização dos recursos naturais em Xinjiang, que possui uma grande abundância de reserva energética e mineral. Segundo dados, foram descobertos em Xinjiang 140 tipos de minérios, dos quais nove ocupam o primeiro lugar do ranking nacional. A reserva de petróleo e gás natural corresponde a 30% de todo o país. No entanto, a frágil capacidade de refinação limita o desenvolvimento econômico da região, resultando no transporte da maior parte do recurso energético para o leste do país.
Por isso, o governo chinês solicitou uma reforma das tarifas e impostos nos recursos energéticos para gerar mais renda sobre o tesouro local. Em alguns setores cuja demanda local ou nas regiões próximas é urgente, o limite na entrada ao mercado deve ser feito de forma modesta. O governo central sugeriu ainda um aumento do uso de gás natural em Xinjiang.
Para o especialista em energia, Han Xiaoping, a reforma na tarifa energética poderá aumentar a receita do governo local e promover o crescimento econômico:
"Xinjiang é uma região com grandes reservas de recursos energéticos, entre eles petróleo, gás natural e carvão. A reforma das tarifas e impostos poderá beneficiar o governo local e compensar mais o povo de Xinjiang, cujo recurso é explorado para apoiar o crescimento econômico do país. A cobrança de impostos por preço poderá contribuir no desenvolvimento da região."
Han considerou ainda que o crescimento de Xinjiang dará mais conveniência para as cooperações econômicas entre a China e países da Ásia Central.
por: Renato Lu