O porta-voz do Ministério dos Assuntos Civis da China, Pang Chenmin, afirmou hoje (22) em Beijing que já foram iniciados os trabalhos relativos à moradia da população desabrigada, e que o abastecimento e a distribuição de mercadorias de auxílio correm satisfatoriamente. Segundo ele, durante esse processo, as autoridades responsáveis vão persistir no respeito aos costumes étnicos e ao planejamento. Pang revelou ainda que o ministério e outros departamentos relacionados estão concentrados em finalizar a avaliação dos estragos causados pelo terremoto para conceber um plano de reconstrução.
No dia 14, um terremoto de 7,1 graus na escala Richter atingiu Yushu, na província de Qinghai, noroeste da China. Até às 17h de ontem, haviam sido contalibizados 2.183 mortos e mais de 10 mil feridos. O port-voz Pang Chenmin revelou, que até o momento, a região atingida recebeu cerca de 50 mil tendas, 160 mil casacos de frio e 200 mil cobertores, além de artigos de uso cotidiano como camas dobráveis, banheiros químicos e alimentos. Para resistir à chuva, à neve e ao frio, sete mil fogões de ferro fundido foram enviados a Yushu.
"Nesse período de urgência, as tendas têm sido as moradias temporárias das pessoas atingidas e daqueles que precisam de atendimento médico. Não há problemas com o abastecimento de alimentos, que está garantido. Além disso, o governo vai destinar a cada cidadão, nos três meses seguintes ao terremoto, 10 yuans e um quilo de cereais por dia."
Segundo Pang, as autoridades responsáveis pelo resgate estão superando as condições precárias do transporte para garantir o abastecimento de material de auxílio aos socorristas e às vítimas. Todo o processo de distribuição dessa mercadoria está sendo supervisionado por departamentos de auditoria. O porta-voz indicou ainda que o governo chinês vai acelerar a construção de moradias à população desabrigada. O momento agora é de elaborar um plano de reconstrução, que já foi iniciado. Segundo ele, a reconstrução de Yushu vai respeitar os costumes étnicos, já que 93% dos habitantes locais são tibetanos.
Informações apontam que as doações em dinheiro serão utilizadas na reconstrução de instalações públicas como escolas, e também para erguer novas habitações. Além disso, a retomada das aulas é outro aspecto importante da reconstrução. Segundo o repórter enviado pela CRI ao local da tragédia, Wang Tao, as autoridades da província de Qinghai responsáveis pela educação garantiram que as aulas em todas as escolas das regiões atingidas serão reiniciadas antes do fim deste mês. Uma parte dos alunos terá de frequentar escolas de outras regiões.
"O diretor do departamento de educação da província de Qinghai, Tsering Thar, disse que a prioridade do momento é garantir o retorno dos alunos às escolas antes do fim do mês. A 1ª Escola Étnica de Yushu já retomou as aulas, outras devem voltar às atividades antes do dia 30. Alguns alunos de Yushu serão transferidos a regiões vizinhas não atingidas. O primeiro grupo deles partirá amanhã."
(por Shi Liang)