No dia 14 deste mês, um terremoto de 7,1 graus de escala Richter abalou Yushu, na província de Qinghai, no noroeste da China. Até agora, já são mais de 2,000 mortos e 12 mil feridos. Hoje, uma semana após a tragédia, a China realiza diversas cerimônias para expressar condolência às vítimas. Por toda a China, e nas entidades diplomáticas do país no exterior, a bandeira é hasteada a meio-mastro e as atividades de entretenimento são suspensas. É a segunda vez que o país tem um dia de luto nacional em respeito às vítimas de uma calamidade. A primeira vez foi após o grande terremoto de Wenchuan, em 2008.
Na madrugada de hoje, na Praça da Paz Celestial em Beijing, capital do país, a bandeira de cinco estrelas subiu até o topo do mastro ao som do hino nacional. Em seguida, a bandeira desceu a meio mastro.
Às 10h, por toda a província de Qinghai, soaram as buzinas de automóveis e trens, e o alarme de defesa antiaérea. Os dirigentes de Estado, entre eles Hu Jintao, Jiang Zemin, Wu Bangguo e Wen Jiabao, fizeram três minutos de silêncio em Beijing. O presidente Hu Jintao pediu:
"Para expressar profundas condolências às vítimas no terremoto de Yushu, por favor, todos fiquem em pé e façam silêncio."
Também hoje, na vila Jiegu, atingida gravemente pelo tremor, milhares de habitantes tibetanos e da etnia Han se concentraram em uma praça, junto com as equipes de resgate, expressando grande pesar pelas vítimas. Buchung Drolma, tibetana com mais de 60 anos, ficou na primeira linha da multidão. Ela disse com muita tristeza:
"Morreram muitas pessoas, muitos compatriotas. Meus vizinhos morreram todos. Estou muito triste. Estou aqui para expressar a minha saudade e a condolência para com eles."
A mulher da etnia Han, Li Jianying, com 54 anos, relatou que todos os dias faz orações pelos compatriotas tibetanos mortos no terremoto:
"A minha casa não caiu no desastre. Todos os dias, acendo dezenas de velas na casa para rezar pelos mortos."
Ngamse Tsering, tibetano que perdeu 13 familiares e amigos, disse à nossa reportagem que quer transformar a tristeza em força para reconstruir a vida quebrada:
"Agora, o mais importante é transformar a tristeza em força. Alguns morreram, mas os vivos têm que continuar a vida. Queria agradecer ao governo, pois no segundo dia após o terremoto, tendas, comidas e bebidas já foram enviados para nós."
Hoje, por toda a China, pessoas de diferentes etnias e idades realizaram diversas atividades em respeito às vítimas da calamidade.
Nas entidades governamentais de Hong Kong e Macau, as bandeiras foram hasteadas ao meio mastro. Às 9h30, o Chefe Executivo da Região da Administração Especial de Hong Kong, Donald Tsang, fez um minuto de silêncio ao lado dos funcionários do governo local.
As entidades diplomáticas da China no exterior também realizaram homenagens, das quais participaram chineses e descendentes que moram no exterior. O Cônsul-Geral da China em Sidney, na Austrália, afirmou:
"Todos os membros do Consulado-Geral e os trabalhadores das companhias chinesas estão acompanhando o terremoto de Yushu, querendo fazer as próprias contribuições para apoiar o resgate e o alívio das consequência da calamidade."
(por Shi Liang)