A Cúpula sobre Segurança Nuclear começou nesta segunda-feira em Washington, capital dos Estados Unidos. Dirigentes e representantes de 47 países, incluindo China e responsáveis da ONU, AIEA (Agência Internacional da Energia Atômica), União Europeia e outras organizações regionais e internacionais participarão do evento, previsto para durar dois dias. Especialistas entrevistados pela CRI entendem que a comunidade internacional deve reforçar as cooperações para enfrentar conjuntamente os desafios na área de segurança nuclear. Ouça a reportagem.
A Cúpula sobre Segurança Nuclear é uma reunião multilateral para tratar exclusivamente de segurança nuclear. Segundo informações, entre os temas principais do evento estão a ameaça de terrorismo nuclear, medidas de resposta da comunidade internacional e o papel desempenhado pela AIEA na área da segurança. Ao fim da cúpula, será divulgado um comunicado e um plano de trabalho.
Para o especialista em controle de exército e armas do Instituto de Pesquisa da China sobre Questões Internacionais, Teng Jianqun, a realização do evento reflete a grande atenção da comunidade internacional à possibilidade de terrorismo nuclear, e a vontade dos países de reforçar as cooperações internacionais para prevenir esse tipo de prática. Ele disse:
"A ameaça deve ser enfrentada por todos, não apenas pelos EUA ou pela China, mas por toda a comunidade internacional. Essa é a base da cooperação internacional no assunto, a partir da qual cooperações mais estreitas poderão ser realizadas. Acho que esse será o foco da cúpula."
Com o desenvolvimento da geração de eletricidade a partir de energia nuclear, materiais e tecnologias nucleares vêm se popularizando mundo afora. Com isso, crescem também os riscos de proliferação de material nucelar. Segundo dados, de 1993 a 2008, foram registrados mais de 1.500 casos de roubo, perda ou posse ilegal de material nuclear. Essa é a razão pela qual a segurança nuclear deve não pode ser negligenciada. O especialista da Academia de Ciências Sociais da China, Fan Ji, apontou:
"A globalização está mudando as relações entre as potências, e o núcleo dessas relações passou do confronto em tempos passados à cooperação nos dias de hoje. A questão da proliferação nuclear está cada dia mais em evidência, por causa do aumento da possibilidade de terrorismo nuclear. Por isso, é natural que todo o mundo esteja atento à questão."
A comunidade internacional vem se dedicando, nos últimos anos, a reforçar a área de segurança nuclear. Diversos documentos jurídicos já foram assinados. A AIEA elaborou um plano de segurança nuclear enquanto a ONU aprovou resoluções relativas ao tema, ações voltadas à prevenção da posse de armas de destruição em massa por terroristas.
Como país com grande desenvolvimento de energia nuclear, a China adota uma séria de medidas para garantir a segurança nuclear. Na cúpula de Washington, o presidente chinês, Hu Jintao, vai apresentar as políticas e práticas do país na área, e levantar sugestões às cooperações internacionais. Segundo o diretor Teng, a China está disposta a contribuir com o fortalecimento da segurança nuclear mundial.
(por Shi Liang)