A China visa promover, em 2010, uma política diplomática integral, a fim de criar um ambiente externo favorável à preservação da estabilidade, ao desenvolvimento e ao reajuste da estrutura econômica do país. Foi o que revelou hoje (7) o chanceler chinês, Yang Jiechi, na coletiva de imprensa promovida durante a 3ª sessão nacional da 11ª Assembleia Popular Nacional da China (APN), o órgão legislativo supremo da China.
Segundo Yang Jiechi, como um grande país em desenvolvimento, a China enfrenta neste momento oportunidades e desafios sem precedentes. Com a expansão da economia e o reforço da potencialidade nacional, a China deve fazer, dentro do seu alcance, maiores contribuições para a paz, a estabilidade e o desenvolvimento das diferentes regiões do mundo.
De acordo com o chanceler chinês, a China vai continuar a preservar os interesses relacionados à soberania, à segurança e ao desenvolvimento nacional, e promover uma diplomacia integral. Para isso, a China vai aproveitar a realização de diversas cúpulas e da Expo Mundial de Shanghai, para criar um ambiente externo favorável à preservação da estabilidade, ao desenvolvimento e ao reajuste da estrutura econômica do país.
O país asiático vai promover também a diplomacia pública, a fim de incrementar o conhecimento entre o povo chinês e outras nações. Ele expressou especialmente o desejo de que o mundo abandone os preconceitos ideológicos ao observar a China. Segundo ele, por causa das práticas efetuadas na primeira década do século 21, muitos países já tomaram consciência de que os pensamentos mantidos na guerra-fria já não servem mais, e que o benefício mútuo constitui a meta final do desenvolvimento do ser humano.
Sobre a relação sino-norte-americana, Yang Jiechi afirmou que os Estados Unidos efetuaram, nos últimos tempos, uma série de atos, inclusive a venda de armas à ilha de Taiwan e o encontro com Dalai Lama. Para ele, os EUA violaram os três comunicados conjuntos e o princípio definido na Declaração Conjunta Sino-Americana, além de prejudicar os interesses da China e o relacionamento bilateral. "Foram os Estados Unidos que trouxeram dificuldades às cooperações bilaterais", disse Yang Jiechi. O chanceler chinês pediu que Washington se esforce para promover as relações bilaterais rumo a uma direção positiva.