Após o terremoto de 7,3 graus na escala Richter ter sacudido o Haiti na tarde do dia 12, a 8ª Equipe Policial de Manutenção da Paz da China na ONU se uniu imediatamente às forças internacionais de resgate. De acordo com as instruções dadas pelo presidente chinês, Hu Jintao, e pelo premiê Wen Jiabao, foi ainda enviada uma Equipe de Resgate Internacional da China, que chegou ao Haiti em um avião especial às 4h de ontem (14) e deu início aos trabalhos de resgate. Organizações internacionais, incluindo a ONU, também fazem parte da força-tarefa montada para ajudar o país caribenho.
A Equipe de Resgate Internacional da China, que é composta por 68 militares, chegou na madrugada de ontem a Porto Príncipe, capital do Haiti, a bordo de uma aeronave especial da Companhia Air China. A equipe ainda levou 20 toneladas de equipamentos de resgate, além de três cães treinados para prestar socorro. Após a chegada ao aeroporto, a equipe se dividiu em duas partes para se instalar em pontos de resgate – uma na Sede da Missão Especial da ONU para a Estabilização do Haiti e o outro no acampamento da Equipe de Policiais de Manutenção de Paz da China, estes ficando responsáveis pela construção da base chinesa.
A equipe de resgate da China estabeleceu um ponto de assistência temporário, dando tratamento médico aos feridos. Ainda que a equipe chinesa esteja operando ordenadamente, a escassez de recursos no local dificulta o trabalho de resgate e de cuidado dos feridos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou ontem que há agora mais de 3.000 integrantes do grupo de manutenção da paz da entidade fazendo patrulha no local para garantir o sucesso dos trabalhos de assistência humanitária. Ele disse que o terremoto no Haiti é considerado um desastre para a ONU, e os trabalhos de resgate enfrentarão desafios árduos. Ele ainda disse que ficou emocionado com a reação da comunidade internacional após a ocorrência do tremor no Haiti.
A equipe de resgate dos EUA também vem ampliando consecutivamente a área de resgate. O presidente Barack Obama declarou ontem que os Estados Unidos fornecerão uma assistência de US$ 100 milhões. Segundo as autoridades militares estadunidense, mais de 2.200 fuzileiros navais partirão para o Haiti para integrar as equipes de resgate, manter a segurança e distribuir materiais de socorro.
A comunidade internacional está unida nas buscas no Haiti. A Comissão da União Europeia já forneceu ao país uma primeira remessa a título assistencial no valor de 3 milhões de euros. Além disso, Grã-Bretanha, Espanha e Holanda também ofereceram assistência financeira de caráter emergencial ao Haiti. Bélgica, Grã-Bretanha, França, Islândia, Luxemburgo e Holanda ainda mandaram equipes de resgate ao país caribenho; a primeira equipe de socorro da Suíça já chegou à zona atingida. A Rússia mandou três aviões com equipes de resgate, médicos, enfermeiros e materiais de socorro.
Os países latino-americanos e caribenhos ampliaram a ajuda ao Haiti. Dia 14, o palácio presidencial dominicano anunciou que vai facilitar os trâmites para a passagem da fronteira, para que os haitianos atingidos possam entrar na República Dominicana para receber ajuda. Além disso, o governo ainda liberará 310 mil refeições para as vítimas. O presidente dominicano, Leonel Fernandez Reyna, foi pessoalmente a Porto Príncipe para inspecionar a situação local e preparar a reconstrução futura do país. A Colômbia mandou seu primeiro avião de resgate para participar dos trabalhos de resgate após terremoto.
A Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês) fez um apelo pela doação de US$ 10 milhões, que será destinada ao tratamento das 20 mil famílias mais atingidas. O valor deverá incluir o estabelecimento de moradias temporárias, além do fornecimento de água potável, serviços de higiene e tratamento médico.
Brasil, Japão e Cingapura, entre outros países, também começaram a dedicar-se aos trabalhos de resgate.