O Acordo de Copenhague, um documento sem efeito legal adotado no fim da conferência sobre mudança climática, que durou duas semanas na Dinamarca, pode ser visto como um passo importante e significativo, disse Zheng Guoguang, diretor da Administração de Meteorologia da China, em entrevista concedida à Xinhua.
"Os frutos alcançados na conferência não são um ponto final, mas sim um novo ponto de partida", declarou o meteorologista.
O acordo é fiel ao mecanismo de via dupla (dual-track) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, o Protocolo de Kyoto e o princípio de Responsabilidades Comuns mas Diferenciadas, que representam os consensos alcançados por todas as partes envolvidas desde o começo das negociação do Mapa do Caminho de Bali, analisou o especialista.
Os países industrializados concordaram em oferecer US$ 100 bilhões anualmente até 2020 para apoiar os esforços dos países em desenvolvimento contra a mudança climática. O documento, além disso, fixa uma meta de limitar o aquecimento global a um máximo de 2 graus centígrados em relação à era pré-industrial.
"Apesar de haver certa divergência entre os compromissos dos países industrializados e a demanda dos países em desenvolvimento, o documento, de qualquer maneira, apresenta uma meta quantitativa e previsível", disse.
Segundo o chinês, os países industrializados devem assumir suas responsabilidades, dar um exemplo na redução de emissões e oferecer apoios financeiros e tecnológicos ao Terceiro Mundo.
O governo chinês já fixou a meta para a redução das emissões de gases de estufa. É uma ação voluntária que a China toma considerando sua realidade nacional, destacou.
Quando falou com a Xinhua na segunda-feira, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse que a China está disposta a trabalhar junto com outros países tomando os diálogos mantidos durante a conferência de Copenhague como um novo começo. A China quer honrar os compromissos, ter maior cooperação e tentar concluir as negociações do Mapa de Rota de Bali o mais cedo possível, disse o premiê chinês.