A convite do presidente chinês, Hu Jintao, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitará a China entre os dias 15 e 18 deste mês. Esta será a primeira visita dele ao país asiático no cargo presidencial. O embaixador chinês nos EUA, Zhou Wenzhong, apontou que o encontro entre os líderes dos dois países definirá novos conteúdos para as relações sino-norte-americanas de cooperação geral e positiva, bem como planificar as cooperações futuras. Ouça agora a reportagem do repórter da CRI nos Estados Unidos.
Para o embaixador Zhou, desde que Obama tomou o cargo do presidente, a relação bilateral tem se desenvolvido favoravelmente. Os dois presidentes encontraram-se pela primeira vez na cúpula financeira do G20 de Londres em abril, em que chegaram ao consenso de estabelecer a relação sino-norte-americana de cooperação geral e positiva, que esclarece a direção do desenvolvimento da conexão dos dois países. O embaixador considerou que a visita de Obama à China dará conteúdo mais minucioso a esta concepção:
"Durante sua visita, Barack Obama vai discutir com o seu colega chinês como estabelecer a relação de cooperação geral e positiva, que foi definida em abril e que é de suma importância para o futuro. Desta vez, os dois líderes falarão em medidas práticas para tal concepção. Isso significa que teremos uma planificação geral sobre as cooperações em diversas áreas."
A visita de Obama marca o terceiro encontro entre os dois líderes neste ano, após as reuniões realizadas em Londres e em Pittsburg, durante a cúpula financeira. Desde que Obama assumiu o cargo, as duas nações mantêm comunicação frequente e de alto nível. A chefe da Câmara Baixa dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou a China em maio, e o presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional da China, Wu Bangguo, foi a Washington em agosto. Em julho, foi realizado nos Estados Unidos o primeiro diálogo sino-norte-americano de estratégia e economia, em que reuniram-se o vice-premiê chinês, Wang Qishan; o conselheiro do Estado, Dai Bingguo; a secretária do Estado norte-americana, Hillary Clinton; e o secretário da Fazenda, Timothy Geithner. Além disso, o chanceler chinês, Yang Jiechi, a conselheira do Estado Liu Yandong, o chefe do Departamento de Organização do Comitê Central do Partido Comunista da China, Li Yuanchao, e o vice-presidente da Comissão Militar do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, Xu Caihou, visitaram também os Estados Unidos. Em resposta, o chanceler, ministros do Comércio e de Energia e representantes comerciais norte-americanos também vieram à China.
O embaixador Zhou notou que, no início do novo governo Obama, as visitas de alto nível foram muito frequentes, mostrando a boa tendência do desenvolvimento da relação entre os dois países. Ele disse:
"Podemos dizer que agora não há nenhuma área em que não haja o diálogo e o esforço de buscar a cooperação entre os dois países. O motivo é que os ambos dividem muitos interesses. Poucas vezes vimos existir divergência entre as duas economias no cenário mundial."
Zhou considerou que é normal que os países possuam diferentes posições em questões globais, mas o mais importante é como eles encaram e coordenam tais divergências. Por exemplo, as investigações lançadas pelos EUA de anti-dumping contra produtos chineses como aço. Tais impasses precisam de um tratamento adequado:
"O novo governo de Obama lançou processos de anti-dumping em dez causas, e lamentamos por isso. Desejo que Washington tome uma posição mais clara na oposição contra o protecionismo comercial e na persistência da liberdade de comércio."
Segundo informou, além de encontro com o líder do país, Obama também vai se comunicar com o povo chinês. Zhou disse:
"Durante a visita de Obama, prestaremos muita atenção à comunicação humana. Com a intensificação dos contatos bilaterais, os dois países têm cada vez mais intercâmbios culturais e humanos. Um bom exemplo é o ensino do idioma chinês. Atualmente, os Estados Unidos possuem 60 Institutos Confúcio e 24 Salas de Aula de Confúcio. Com a divulgação do ensino da língua chinesa, o povo norte-americano terá cada vez mais conhecimento sobre a China."