Sessenta anos atrás, quando foi fundada a República Popular da China, o país sofria e enfrentava os desafios do isolamento político do Ocidente. Dali em diante, a China adotou políticas de diplomacia pacífica e autônoma. Nestes 60 anos, a China passou de país fraco a forte, em busca da inalterável meta de paz mundial. Hoje, vamos conhecer o processo de formação da diplomacia chinesa.
"A República Popular da China e o governo popular central estão fundados!"
Em 1º de outubro de 1959, no pavilhão da praça Tian'anmen, Mao Tsé-Tung declarou a fundação da nova China. O país respondeu com coragem e capacidade ao isolamento, contenção e bloqueio das nações ocidentais, revelando ao mundo a face pacífica e autônoma da diplomacia chinesa.
Com a sabedoria acumulada ao longo de 5 mil anos e as mudanças do cenário internacional, a China conseguiu transformar a hostilidade e o isolamento em compreensão e confiança. As divergências ideológicas deram lugar aos benefícios recíprocos. Hoje, a China goza de grande amizade, cooperações profundas e complementaridade com os países do mundo, algo inimaginável 60 anos atrás. O Chanceler chinês, Yang Jiechi, disse:
"As nossas cooperações com os países emergentes são cada dia mais profundas e nossas colaborações em assuntos internacionais, mais estreitas. Conseguimos resolver os problemas relacionados à fronteira com a maior parte dos países vizinhos, promovemos e orientamos processos de cooperações regionais e desempenhamos um papel positivo em questões urgentes e delicadas. A amizade e parcerias com países vizinhos vêm se tornando mais profundas, da mesma forma como, baseados em nossas políticas diplomáticas, recebemos e damos cooperações a países em desenvolvimento, para consolidar a amizade com eles."
O número de países que mantém relações diplomáticas com a China é de 171 hoje contra 18 quando da fundação da República. Além disso, o país participou mais de 130 organizações internacionais intergovernamentais e assinou acima de 300 acordos multilaterais. Yang Jiechi afirmou:
"Isso significa que a China já entrou no sistema atual e hoje anda da margem para o centro. A China se tornou o participante construtor e reformador do sistema internacional atual."
Revendo o calendário diplomático do país é possível observar o caminho de aceitação e dependência mútuas entre a China e o mundo.
Em 1954 e 1955, o ex-premiê chinês, Zhou Enlai, chefiou as delegações que participaram da Reunião de Genebra e da Conferência de Bandung, pondo fim ao isolamento com demonstrações e atitudes sinceras.
Em 1971, a 26ª Assembleia Geral da ONU aprovou a resolução que devolveu à República Popular da China o legítimo assento na entidade.
Em 1980, o país recuperou sua posição no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional.
Em 2001, a China ingressou na Organização Mundial do Comércio.
Em setembro de 2009, nos Estados Unidos, o presidente chinês, Hu Jintao, participou de quatro cúpulas em cinco dias, incluindo a das Mudanças Climáticas, Não-proliferação e Desarmamento Nucleares e Enfrentamento da Crise Financeira Global.
Na condição de maior país em desenvolvimento e um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a China tem adotado atitudes responsáveis, contribuindo com o desenvolvimento e prosperidade do mundo. Nos últimos anos a participação e posturas da China em importantes eventos mundiais (Fórum de Cooperação China-África para Olimpíadas de Beijing, Cooperação com a ASEAN para diálogos com G-8, problemas de Darfur, questão nuclear da Península Coreana, mudanças climáticas, crise financeira global) têm correspondido aos desejos do mundo.
De um início árduo à consolidação de uma posição mundialmente importante, a integração da China com o mundo atinge as áreas da política, segurança, militar, econômica, cultural, entre outras.
Nestes 60 anos, com o fortalecimento do país e alterações no cenário internacional, a diplomacia está e vai continuar sofrendo mudanças profundas. Sem dúvida, a relação da China com o mundo será mais estreita. Yang Jiechi disse:
"Erguemos a bandeira de paz, do desenvolvimento e das cooperações. Seguimos o caminho do desenvolvimento pacífico e persistimos na estratégia de abertura e benefícios recíprocos, em busca da construção de um mundo harmonioso."