O Gabinete de Informações do Conselho de Estado da China publicou hoje (21) o 'livro branco' sobre o Desenvolvimento e Progresso de Xinjiang, o segundo documento do gênero divulgado pelo país até agora. Segundo o documento, a Região Autônoma Uigur de Xinjiang vive um período em que a economia se desenvolve rapidamente e a população se beneficia muito disso. Ouça a reportagem sobre o tema.
O documento, dividido em sete partes, apresenta detalhadamente as mudanças que a região viveu nas áreas da política, economia, cultura, educação e sociedade, além da manutenção da união entre as etnias e da integridade nacional.
O 'livro branco' citou um grande número de dados para comprovar a atenção dada pelo governo chinês, desde a fundação da República, ao desenvolvimento e à construção de Xinjiang. De 1950 a 2008, o governo central investiu cerca de 390 bilhões de yuans em Xinjiang, um quarto de tudo o que foi destinado à região. No ano passado, o PIB de Xinjiang foi de 420,3 bilhões de yuans e a renda per capita dos camponeses de 3.503 yuans, 28 vezes do índice registrado quando da instauração das políticas de Reforma e Abertura. O nível de vida da população local também se elevou de forma significativa. O vice-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica da Academia de Ciências Sociais de Xinjiang, Dili Mulati, disse:
"Percorrendo a trajetória do desenvolvimento de Xinjiang é possível constatar que, antes de 1950, o lugar não tinha um pedaço sequer de linha ferroviária, e a população local vivia sob pobreza absoluta. Hoje em dia, Xinjiang tem redes de transporte de todo tipo e a sua capital, Urumqi, é a cidade mais próspera da Ásia Central. Tudo isso é resultado do apoio especial concedido pelo governo central e à materialização das políticas étnicas que o Partido Comunista da China (PCCh) aplica em Xinjiang."
Vivem em Xinjiang 55 etnias. As autoridades chinesas elaboraram uma série de políticas e regulamentos respeitando os costumes das diversas etnias, protegendo a liberdade e o direito de utilizar seus próprios idiomas. Além disso, o governo local sempre seleciona, treina e emprega pessoas pertencentes às minorias étnicas. Em 2008, 360 mil cidadãos de minorias étnicas foram atendidos pelo programa de colocação profissional do governo, mais de 50% da totalidade contratada.
O presidente do Instituto de Pesquisa sobre Literatura Étnica da Academia de Ciências Sociais de Xinjiang, Eibibula Abudushalamu, disse:
"Olhando o passado, é possível constatar que o avanço econômico e social de Xinjiang sempre foi conquistado durante períodos em que diferentes etnias conviveram harmoniosamente. Desde a fundação da República Popular da China, há 60 anos, o governo e o PCCh vêm persistindo na igualdade étnica, na política de administração autônoma e na garantia dos direitos da população local. A união entre diferentes etnias é indispensável."
De acordo com o texto, os patrimônios culturais da população de Xinjiang também são bem protegidos. Até 2008, a região registrou cerca de 25 mil mesquitas, igrejas, templos budistas e taoistas.
O documento indica que Xinjiang está vivendo a melhor fase de desenvolvimento em toda sua história. A turbulência e violência planejadas pelo Movimento Islâmico do Turquistão Leste, no entanto, constituem uma ameaça severa à estabilidade e ao desenvolvimento da região. Xu Jianying, um dos que ajudaram a elaborar o 'livro branco', disse:
"Xinjiang, beneficiada pelas políticas étnicas aplicadas pelo governo chinês, registrou grandes mudanças nos últimos 60 anos. Por outro lado, devemos manter vigilância sobre as ações das forças do Turquistão Leste. Acreditamos que a região terá um futuro brilhante e qualquer atividade ou intenção separatista está fadada ao fracasso."