Hoje (27) e amanhã Washington, capital dos EUA, será palco do Diálogo Estratégico e Econômico China-EUA, cujo tema é "Reunir confiança para recuperar o crescimento econômico e reforçar a cooperação econômica sino-estado-unidense". O enviado especial do presidente chinês e conselheiro de Estado, Dai Bingguo, e a representante do presidente norte-americano e secretária de Estado, Hillary Clinton, presidirão juntos o painel estratégico. O vice-premier chinês, Wang Qinshan, e o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy F. Geithner, conduzirão o painel econômico. Para os especialistas chineses, o novo mecanismo de diálogo entre China e EUA promoverá o desenvolvimento estável das relações bilaterais.
O mecanismo de diálogo estratégico e econômico foi acordado pelos chefes de estado dos dois países durante o encontro do G20 em Londres, em abril deste ano. O objetivo é enfrentar os grandes e urgentes desafios mundiais. Guo Xiangang, diretor do Instituto de Pesquisa das Questões Internacionais da China, considera que, em comparação com o antigo mecanismo, no qual os diálogos de estratégia e economia eram feitos separadamente, o novo, unificado, representa uma transformação tanto em conteúdo como em nível:
"Antigamente, eram dois diálogos, respectivamente, estratégico e econômico. A unificação aumentou o nível e melhorou a eficiência deles, já que os dirigentes podem participar dos dois diálogos de uma só vez. Aliás, as questões estratégicas e concretas interligam-se, constituindo assim um fato importante para o desenvolvimento das relações bilaterais."
A primeira rodada de diálogo estratégico e econômico tem vários temas em pauta, descritos por alguns órgãos de imprensa como "uma longa lista de tópicos". Yan Xuetong, professor catedrático do Instituto das Relações Internacionais da Universidade Qinghua, afirmou que o número variado de assuntos demonstra a ampliação da esfera do diálogo e da cooperação entre as duas partes. Ele disse:
"Até o momento, o diálogo estratégico entre China e EUA tem duas funções: evitar o aumento de atritos e estabelecer parceiras. A lista de tópicos mostra que, seja na área de segurança ou de economia, a esfera de diálogo entre os dois países está em ampliação. Aumenta também a área de cooperação."
Para Yuan Peng, pesquisador da Academia das Relações Internacionais Modernas da China, entre todos os assuntos, os mais importantes dizem respeito à resposta à crise financeira, combate às mudanças climáticas, questão energética, futuro das relações bilaterais e questões de segurança regionais e internacionais. Ele explicou:
"O tópico mais importante consiste em como reforçar a cooperação em meio à crise financeira. China e EUA devem, através de apoio mútuo, ajudar o mundo a sair da crise para reiterar o papel de responsabilidade diferenciada das duas potências. Outra questão fundamental é a energética e a das mudanças climáticas. Também é preciso debater assuntos relacionados à segurança, como transformação da estratégia anti-terrorista dos EUA, desarmamento internacional, questão nuclear da Península Coreana e do Irã, luta contra terrorismo no Afeganistão e no Paquistão, entre outros."
Quanto ao futuro desenvolvimento das relações sino-norte-americanas, Yuan Peng afirmou que a meta principal das duas partes tem sido aumentar a confiança e solucionar dúvidas. Ele apontou:
"Ambas as partes têm procurado efeitos positivos no diálogo. Trata-se do primeiro encontro entre os chefes de estado chinês e norte-americano depois chegarem a um consenso sobre cooperação na Cúpula do G20 em Londres, um excelente sinalizador. Primeiramente, o diálogo aumentará a confiança mútua e esclarecerá as dúvidas. Depois, resolverá questões concretas. As duas partes podem atingir os objetivos previstos e chegar à unanimidade em algumas questões importantes."