O presidente deposto de Honduras, José Manuel Zalaya, apelou ontem (26) ao exército para que resista às ordens do governo interino, ajudando assim o país a sair da crise o mais cedo possível.
Ontem, em Ocotal, cidade fronteiriça entre Honduras e Nicarágua, Zalaya disse à imprensa que o chefe do Estado-Maior de Honduras ordenou às tropas do país que impeçam a marcha dos manifestantes programada para acontecer na divisa dos dois países. Isso fere gravemente "os direitos e a liberdade de ação" do povo hondurenho.
Zelaya destacou que ainda é o presidente de Honduras, conforme a Constituição, portanto, comandante supremo do exército do país. Ele invocou aos militares patriotas que coloquem suas famílias e a pátria em primeiro lugar, resistindo às ações subversivas do poder político do chefe do Estado-Maior e do governo interino.
Ele assinalou também que os EUA e os países latino-americanos devem continuar exercendo pressões no governo interino hondurenho para convencê-lo a lhe devolver o poder. Zelaya vai esperar na fronteira até que possa regressar ao posto de presidente do país.