O segundo turno do diálogo sobre a crise política de Honduras realizado ontem (19) na Costa Rica terminou sem resultados. Embora o governo da Costa Rica tenha anunciado a retomada do diálogo no dia 22, a delegação do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, recusou-se continuar em conversações com a delegação de Roberto Micheletti, presidente do governo interino do país.
Após o diálogo, Zelaya declarou à imprensa que ninguém pode impedir o seu retorno à Honduras. A porta-voz de Zelaya anunciou que o governo interino de Honduras recusou seu pedido para reassumir o cargo presidencial, e por esta razão, a delegação de Zelaya não vai concordar em dialogar mais com o grupo de Micheletti.
O presidente da Costa Rica, Oscar Arias, revelou que vai continuar agindo a favor da resolução da crise política que afeta Honduras.
O segundo turno do diálogo começou no dia 18, sob a mediação do presidente Oscar Arias, que sugeriu sete propostas para resolver a crise política, como por exemplo, a volta de Zelaya ao poder, a antecipação da eleição presidencial do país, a realização da amnistia e a formação de um "governo de mediação" e de um poder de comando alternado. O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, recusou a sugestão do retorno de Zelaya ao cargo de presidente.