Mais de 3 mil brasileiros - colonos, seringueiros e castanheiros - residentes numa faixa de 50 quilômetros em território da Bolívia, na fronteira com o Acre, podem ser expulsos a qualquer momento pelo governo daquele país. Alguns deles vivem na região há mais de 30 anos. Eles tem até dezembro para abandonarem a área espontaneamente. Centenas de famílias vivem ali desde a década de 1960, quando ingressaram em território da Bolívia para produzir borracha e colher castanha.
A expulsão dos brasileiros ocorrerá porque o governo da Bolívia decidiu assentar, até novembro, mais de 4 mil camponeses.
Segundo o ministro da Presidência da Bolívia, Juán Rámon Quintana, o programa de assentamento das famílias já estaria com atraso de quase um ano e, por essa razão, deve retomado imediatamente. Para o governo, a medida teria um impacto favorável aos candidatos aliados do presidente Evo Morales, nas eleições de dezembro.
Por sua vez, os governos do Acre e o federal do Brasil, começam a se preparar para receber as levas de brasileiros. O ex-prefeito de Brasiléia, José Alvanir foi designado para administrar a situação.