Representando o presidente Hu Jintao, o conselheiro de Estado chinês Dai Bingguo compareceu ontem (8) na cidade italiana L´Aquila à reunião entre os líderes dos cinco países em desenvolvimento (China, Brasil, Índia, África do Sul e México). Os participantes do encontro trocaram opiniões sobre temas como crise financeira, administração da economia mundial e enfrentamento de desafios de mudanças climáticas e ameaças não-tradicionais de segurança.
Dai Bingguo avaliou em seu discurso que a base econômica e capacidade de recuperação autônoma dos países em desenvolvimento é fraca, e que por isso o grupo se constitui na maior vítima da crise financeira internacional. Dai apontou que todos os cinco países são economias em desenvolvimento, que precisam se unir para minimizar ao máximo os danos causados pela crise financeira internacional, especialmente os menos desenvolvidos. Para tanto, o governo chinês considera que precisam aplicar esforços conjuntos nos seguintes aspectos: promover o respeito da comunidade internacional pelo direito autônomo de desenvolvimento econômico das nações em desenvolvimento; promover a reforma do sistema econômico, financeiro e comercial internacional, para elevar a representatividade dos países em desenvolvimento nos órgãos internacionais, seu direito à fala e direito de decisão; fazer com que os países avançados honrem seus compromissos assumidos em relação a aumento de auxílio, redução de dívidas, a abertura de mercado e transferência tecnológica; requerer que o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e o Banco de Desenvolvimento Regional renovem medidas de auxílio aos países em desenvolvimento.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, como uma importante plataforma para enfrentar os problemas econômico e financeiro, a reunião dos líderes dos cinco países em desenvolvimento deve desempenhar seu devido papel dentro da Comunidade Internacional no que tange o combate à crise financeira, que deve ser feito por meio de cooperações. Ele enfatizou que é preciso reforçar a supervisão financeira internacional e lutar contra o protecionismo.