Urumqi, capital da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, foi palco de violentos incidentes na noite do dia 5, domingo passado. Especialistas chineses apontam para evidências que indicam que os distúrbios foram organizados e concebidos pelo Congresso Mundial de Uigur, um grupo separatista liderado por Rabiye Kadeer, e que seu objetivo foi político.
Os atos generalizados de vandalismo e violência do dia 5 de julho deixaram centenas de mortos e milhares de feridos. Mais de 200 veículos foram destruídos e dois prédios incendiados. Para o diretor do Departamento de Segurança e Estratégia do Instituto de Relações Internacionais Modernas da China, Li Wei, apesar de o incidente ter acontecido dentro da China ele tem ligações estreitas com os separatistas do Congresso Mundial de Uigur radicados no exterior:
"Vemos que o grupo liderado por Rabiye tem procurado oportunidades para instigar ataques violentos e perturbar a estabilidade e o desenvolvimento de Xinjiang. A intenção é buscar maior espaço de sobrevivência fora da China. Seja no 50º aniversário da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, ou nas olimpíadas de Beijing, ou durante as comemorações dos 60 anos da fundação da República Popular da China. Eles aproveitam essas oportunidades para que seus atentados, planejados via internet ou por convencimento pessoal, tenham maior repercussão. Os distúrbios do dia 26 de junho em Shaoguan, Guangdong, foi o detonador deste incidente político organizado".
No dia 26 de junho, alguns trabalhadores originários de Xinjiang de uma fábrica de brinquedos de Shaoguan, na província de Guangdong, entraram em conflito com outros funcionários da mesma empresa. Duas pessoas morreram e 120 ficaram feridas. Apesar de se tratar de um caso típico de segurança social, o Congresso Mundial de Uigur aproveitou-se do incidente para atacar o Partido Comunista e governo chinês de forma a incitar a revolta e a ira nas populações.
Segundo os especialistas, o incidente estimulado pelo Congresso não foi um simples distúrbio. Ele carrega o objetivo político que caracteriza as organizações separatistas.
"O objetivo de longo prazo do Congresso Mundial de Uigur é estabelecer um país independente e essa é uma ação separatista. O discurso do separatismo é utilizado como forma de alimentar a sobrevida deles fora da China. Para angariar apoio e se fortalecer, o grupo se aproxima de forças anti-China no exterior. Juntos iniciam o jogo de interesse e troca de favores que financia a sua existência".
O Congresso Mundial de Uigur foi criado em 2004, logo após os ataques terroristas de 11 de Setembro, por separatistas de Xinjiang. A intenção do tal Congresso é travestir o terrorismo que pratica de luta por democracia e direitos humanos a fim de enganar a comunidade internacional. O incidente de 5 de julho, porém, desmascarou as intenções do grupo. O investigador do Instituto de Estudos sobre História e Geografia das Regiões Fronteiriças da Academia de Ciências Sociais da China, Xu Jianying, disse:
"Quando ocorreu o incidente, era possível ver no site deles algumas pessoas usando expressões provocadoras. Isso quer dizer que eles proclamam a democracia e os direitos humanos do Ocidente mas, de fato, o que eles fazem é instigar a violência e o terrorismo de forma implícita".
Apesar dos prejuízos humanos e materiais provocados pelo incidente de 5 de julho, os especialistas ressaltam que será difícil abalar a situação de desenvolvimento de Xinjiang, bem como a harmonia e estabilidade da nação chinesa. Assim que a comunidade internacional reconhecer a verdadeira fisionomia desse Congresso, o objetivo deles será frustrado. Li Wei continuou:
"Se fizermos com que a comunidade nacional e internacional veja verdade, o objetivo deles não será atingido. São poucos os que se deixaram convencer pelo discurso dessa organização. A boa e harmoniosa relação entre as etnias chinesas não será abalada pelas violências instigadas por eles. "