Na cúpula global da Think Tank, realizada hoje em Beijing, o professor da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Neves, afirmou que a China deve investir na energia biológica brasileira. Pois se trata de uma ideia que pode trazer benefícios mútuos.
Segundo ele, nos últimos 35 anos, o Brasil vem pondo em prática seu plano de energia alternativa, fornecendo 52% do que é consumido com apenas 1% da terra. Neves pediu que as empresas chinesas no Brasil investam em projetos ligados ao etanol.
"Acho que China tem que produzir o etanol no Brasil, com investimento chinês, ta sobrado espaço, vontade no Brasil, ta faltando dinheiro para construção dos dutos, construção da produção, e para China é uma coisa muito tranqüila é ultracomplemantar. A China produz ela mesmo no Brasil, essa é uma chance de ganho mútuo. "
Sobre a crise financeira internacional, o professor Neves concordou com a proposta do Brics, que sugeriu uma cooperação mais intensa e conjunta entre China, Brasil, Índia e Rússia no enfrentamento da crise.
"Já fizemos que foi a idéia espetacular do summit, dos países do Brics, Brasil, Índia China e Rússia,e esses países quanto mais juntos estiverem mais estiverem trocando, pensando numa moeda comum de troca, pensando em o que aqueles são complementar mais fortes estarão na economia mundial. Acho que fortalecer o Brics mesmo com todas as diferenças que existem nesses países, mas pegando os sonhos onde pode haver ganho para todos e focando nesses, seria muito importante pelos países."
Ele elogiou a rapidez e eficiência do governo chinês em lidar com a crise financeira.
"Pelas informações que tenho da apresentação que assisti ontem e de leituras prévias, que foram medidas rápidas, medidas eficientes e que trouxeram já resultados e agora tem é que monitorar para que se os resultados começarem a diminuir novas medidas seguem tomadas, mas o governo chinês é sempre muito rápido e eficiente."
A Cúpula global do Think Tank, que teve início nesta quinta feira em Beijing, conta com a participação de cerca de 900 intelectuais de todo o mundo. O tema da reunião é compartilhar a sabedoria humana e procurar o desenvolvimento comum. Durante a reunião, os convidados deliberaram sobre a crise financeira mundial e suas expectativas para os rumos da economia.