A comunidade internacional condenou o golpe militar de Honduras ocorrido neste domingo, que provocou a prisão e o exílio do presidente Manuel Zelaya, exigindo que as Forças Armadas de Honduras respeitem o sistema democrático e constitucional, e pedindo pelo regresso de Manuel Zelaya à presidência.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, manifestou ontem (28) sua preocupação com a situação em Honduras. Em um comunicado divulgado ontem, Ban declarou seu apoio ao regime democrático de Honduras e condenou os militares que aprisionaram o presidente Manuel Zelaya.
O presidente da Assembleia Geral da ONU, Miguel D Escoto, exigiu em um comunicado que Manuel Zelaya reassuma o cargo presidencial
A Organização dos Estados Americanos discutiu a situação de Honduras em uma reunião de emergência. O secretário geral da entidade, Jose Migel Insulza, pediu cooperação internacional para se resolver a crise política em Honduras.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, declarou que se recusa a admitir qualquer governo sem Zelaya. O governo venezuelano enviou um avião para transportar o presidente exilado da Costa Rica até Manágua, capital da Nicarágua, onde se realiza reunião de emergência sobre a integração da América Central. Segundo os membros do sistema de integração da América Central, Zelaya deve ser recebido com cortesia.
O presidente norte-americano, Barack Obama, pediu ontem respeito às leis de Honduras. A secretária de Estado Hillary Clinton, afirmou que a expulsão de Zelaya é uma violação da Carta Democrática Interamericana.No mesmo dia, os chanceleres dos países membros da UE condenaram, em uma reunião provisória na Grécia, o golpe militar em Honduras, afirmando que a prisão de Manuel Zelaya "violou a ordem constitucional de Honduras e é inaceitável".
Argentina, México, Brasil, Colômbia, Bolívia, Panamá e Paraguai também condenam a expulsão do presidente Manuel Zelaya.