A Corte Suprema de Honduras anunciou ontem a expulsão do presidente de Honduras, Manuel Zelaya, que havia sido preso ontem, vítima de um golpe militar. Horas depois, o congresso nomeou o presidente do parlamento, Roberto Micheletti, como presidente do país. O novo Ministro das Relações Exteriores, Enrique Colindres, foi imediatamente nomeado para substituir sua antecessora, Patrícia Rodas.
Na madrugada deste domingo, cerca de 200 soldados invadiram o palácio presidencial e renderam a segurança. Aproximadamente 20 minutos depois, o presidente Manuel Zelaya foi preso e levado para base da Força Aérea, de onde foi transferido para a Costa Rica.
Horas depois, a Corte Suprema anunciou a renúncia do presidente Zelaya e a validação do golpe militar. De acordo com ordem judicial, a eleição presidencial deve ser marcada para o dia 29 de novembro de 2009.
Em reunião de emergência, o parlamento aprovou que Micheletti deve permanecer no cargo até 27 de janeiro de 2010, data prevista para o fim do atual mandato presidencial. De acordo com a constituição do país, o presidente do parlamento pode assumir o cargo presidencial no caso do presidente não cumprir a função.
Milhares de pessoas saíram às ruas da capital, Tegucigalpa, a fim de protestar contra a prisão e o exílio de Zelaya. Ocorreram alguns conflitos entre o povo e o exército que tentava ocupar o palácio presidencial.
A comunidade internacional condenou o golpe militar de Honduras ocorrido neste domingo, que provocou a prisão e o exílio do presidente Manuel Zelaya.
O presidente da Assembléia Geral da ONU, Miguel D Escoto, exigiu em um comunicado, que Manuel Zelaya deve reassumir o cargo presidencial.
A Organização dos Estados Americanos discutiu a situação de Honduras em uma reunião de emergência. O secretário geral da entidade, Jose Migel Insulza, pediu cooperação internacional para se resolver a crise política em Honduras.
O presidente venezuelano Hugo Chávez, declarou que se recusa a admitir qualquer governo sem Zelaya. O governo venezuelano enviou um avião para transportar o presidente exilado da Costa Rica até Manágua, capital da Nicarágua, onde se realiza reunião de emergência sobre a integração da América Central. Segundo os membros do sistema de integração da América Central, Zelaya deve ser recebido com cortesia.
O presidente norte-americano Barack Obama, pediu ontem respeito às leis de Honduras e a secretária de Estado Hillary Clinton, afirmou que a expulsão de Zelaya é uma violação da Carta Democrática Interamericana.
A Costa Rica, Colômbia, Bolívia e Paraguai também condenam a expulsão do presidente Manuel Zelaya.