Dia 4 de junho pela manhã, horário do Rio de Janeiro, foi realizada uma cerimônia ecumênica na Igreja da Candelária, no centro da cidade, em homenagem às vítimas do avião da Airfrance que fazia o voo AF 447, trajeto Rio de Janeiro-Paris, e sumiu no Atlântico no domingo. A missa contou com a presença de cerca de mil pessoas, incluindo familiares das vítimas; o chanceler francês, Bernard Kouchner; o chanceler brasileiro, Celso Amorim; governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; o prefeito do município do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; e personalidades religiosas.
O chanceler francês proferiu um discurso e relembrou as ações de pêsames realizadas no Catedral de Notre Dame, em Paris, no dia anterior. Kouchner apontou que a dor é a mesma de um lado e de outro do Atlântico. No final do discurso, ele falou em português:
"Em nome do presidente da República Francesa, dou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao povo brasileiro os pêsames da França."
O chanceler brasileiro, Celso Amorim, expressou no discurso a solidariedade do presidente brasileiro, que não pôde participar da cerimônia em função de trabalho, aos familiares e amigos daqueles a bordo da aeronave, dizendo:
"Gostaria de transmitir em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e meu próprio a solidariedade aos familiares e amigos das vítimas do voo 447."
O discurso mais emocionado foi o do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que acabou com voz embargada a leitura de uma carta escrita em lembrança a seu chefe de gabinete, Marcelo Parente, que viajava com a esposa no avião. "Independente das possibilidades de resgate, acredito que meu amigo já está em um lugar melhor do que Paris", disse Paes.