O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, declarou ontem (3), que a condição prévia para reiniciar as negociações entre a parte palestina e Israel é baseada no "programa dos dois países" e na suspensão do estabelecimento dos assentamentos dos judeus. No mesmo dia, segundo o vice-chanceler de Israel, Daniel Ayalon, seu país pode aceitar um acordo de paz que inclui o conteúdo do "programa dos dois países".

Abbas afirmou no encontro com o rei da Jordânia, Abdullah II, concretizado ontem em Amã, que vai visitar Washington no dia 28 deste mês e explicar ao presidente norte-americano, Barack Obama, a posição da Palestina sobre a retomada das negociações com Israel. Ele frisou que o reinício das conversações depende do apoio dos EUA ao "programa dos dois países".

Por sua vez, Ayalon declarou ontem à imprensa, que o governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, vai obedecer a todos os acordos de paz que foram firmados anteriormente, inclusive o Mapa da Rota sobre a paz no Oriente Médio.

Barack Obama, após assumir o cargo presidencial em janeiro, manifestou seu desejo em cooperar para garantir a coexistência pacífica entre Palestina e Israel. O enviado norte-americano para o Oriente Médio, George Mitchell, também enfatizou recentemente que a concretização do "programa dos dois países", que visa a paz entre a Palestina e Israel, será a única solução da questão. O líder de Israel visitará os EUA e os países europeus, e realizará diálogo em torno do processo de paz.