A ponta-seca é um estilete de aço temperado, cilíndrico ou quadrado, preso a um bastonete cilíndrico de madeira, semelhante a um lápis ou lapiseira. Possui uma ponta que pode ser de aço temperado ou conter uma pedra preciosa, geralmente um diamante. Além de nomear o instrumento usado para riscar o metal, também dá nome à técnica e ao tipo de gravura produzida com ele. Pode dispensar o uso do verniz e do mordente, usados na água-forte, desde que a gravação original não tenha muitos detalhes e que não importe se a impressão será direta ou invertida. Por ser um instrumento, a ponta-seca pode ser usada em outros gêneros de gravação, manual ou química, como gravação a talho-doce, a água-forte e a água-tinta. Nesses casos, a gravura será resultado de técnicas mistas, apresentando, com mais ou menos intensidade, características de cada técnica utilizada.
Agora, a ponta-seca é muito popular entre os alunos de Macau. Lou Sao Man é aluna do Colégio Católico Estrela do Mar e também autora de uma obra exposta em Beijing. Ela disse que gosta muito de ponta-seca, que pode diversificar sua vida e trazer mais conhecimentos a ela.
"Cada obra de ponta-seca precisa pelo menos 11 horas e é um trabalho árduo. Mas quando faço a ponta-seca, não penso em outros assuntos. Para mim, é uma diversão."
Nos olhos de Choi Chi U, a exposição reflete o desenvolvimento próspero da cultura de Macau após 1999.
"Após o regresso de Macau à pátria, a cultura da região teve um desenvolvimento rápido. Os alunos também querem mostrar seu sentimento com relação à pátria através das suas gravuras."
A exposição vai até o próximo dia 16.