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A China aos olhos do ex-premiê francês Jean Pierre Raffarin
2008-11-19 15:45:19    cri

Jean Pierre Raffarin, que ocupou o cargo de premiê francês entre junho de 2002 e maio de 2005, é um velho amigo do povo chinês. Durante muitos anos, Raffarin tem se dedicado ao desenvolvimento das relações sino-francesas. Em 2003, quando a China estava sofrendo com a epidemia de SARS, ele insistiu em visitar o país, dando muita atenção e apoio à luta dos chineses contra a doença. Após deixar o cargo, ele continuou fazendo esforços incansáveis pelo relacionamento bilateral entre os países como senador. Hoje, vamos ouvir a entrevista concedida por Jean Raffarin especialmente para a Rádio Internacional da China.

Em abril deste ano, antes de ir à China participar do Fórum China-Europa, Raffarin escreveu um artigo em sua página na internet: "Desde 1976, tenho visitado a China periodicamente. Nunca cancelei uma visita, mesmo na época da SARS, em 2003. Por isso, posso avaliar o desenvolvimento da China e testemunhar o sucesso da Reforma e Abertura da China."

Raffarin conheceu a China em todas as áreas. Falando do desenvolvimento chinês, ele qualificou a execução da política de Reforma e Abertura como a força motriz para que o país voltasse a ser uma potência. Foi a escolha mais importante da China na história contemporânea e a prática nos últimos 30 anos prova sua correção, disse Raffarin:

"Em 1975, o PNB da China era apenas 0,5% do total do mundo. Hoje, o número é de 5%. Anualmente, a China ganha mais 20 milhões de habitantes. A taxa de crescimento da população chinesa em três anos já equivale a toda a população francesa. Desejo que os franceses lembrem de tudo isso, porque temos que prestar atenção, compreensão e cooperação com o novo membro do grupo das potências."

Nos últimos anos, a China e a França têm reforçado o intercâmbio. A imprensa francesa tem publicado mais informações sobre o país asiático. Porém, para Raffarin, o conhecimento dos franceses sobre a China ainda é pouco. Ele estimulou muitos políticos e senadores a conhecerem o país pessoalmente.

"O pensador francês do século XVII Blaise Pascal disse que, mesmo quando a gente não conseguisse ver claramente a China, ainda existia um raio que iluminaria o país. Vamos buscar o raio! Vamos abandonar o conflito ideológico e cultural e descobrir uma China verdadeira. O grande poeta chinês da dinastia Tang Meng Haoran escreveu a frase: Jiang qing yue jin ren, quer dizer, a imagem refletida da lua nas águas límpidas diminui a distância entre a lua e as pessoas, o que explica a mesma verdade."

Nos últimos anos, Raffarin tem se dedicado à promoção das relações sino-francesas. Ele proferiu discursos entusiasmados e de alto nível em diferentes locais, recebendo sempre muitos aplausos. Quando se reuniu com personalidades francesas de indústria e comércio, Raffarin as estimulou a buscar oportunidades comerciais na China com seus próprios olhos. Para ele, a proteção ambiental será uma boa área para a cooperação.

Para o ex-premiê francês, a França e todos os países ocidentais estão reavaliando sua relação entre desenvolvimento e meio ambiente. Os países desenvolvidos concluíram primeiro a revolução industrial e o caminho de "Primeiro a poluição, depois o tratamento". No século XXI, a questão ambiental é um desafio urgente global. A China, como representante dos países em desenvolvimento, também percebeu a urgência de uma solução para a questão ambiental, decidindo então seguir o caminho de desenvolvimento sustentável. No entanto, o nível de proteção ambiental chinês ainda é atrasado em comparação com o dos países desenvolvidos, por isso, o país precisa introduzir experiências e tecnologias avançadas e a França pode ajudar nessa área. Raffarin disse:

"O objetivo estabelecido pelo 17º Congresso Nacional do Partido Comunista da China é igual ao conceito de desenvolvimento ocidental, o que demonstra que os chineses sabem claramente qual é o maior desafio do século XXI. Para esta nação em renascimento e que deseja controlar o ritmo de crescimento para resolver os problemas surgidos em seu desenvolvimento, devemos oferecer nossa cooperação."

Segundo a apresentação de Raffarin, atualmente, as grandes empresas energéticas francesas, tais como Alstom e Areva, estão buscando ampliar sua participação no mercado chinês, enquanto os pioneiros no setor de tratamento de lixo como Veolia e Suez também já captaram o sinal emitido pela China. Raffarin assinalou que a mídia francesa e ocidental não é muito objetiva ao informar a questão ambiental da China, o que influencia diretamente a confiança dos investidores estrangeiros. Sobre este fenômeno, Raffarin expressou seu ponto de vista:

"Quero dizer aos franceses que os chineses sabem claramente de seus problemas. O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, me disse: 'Por favor, acreditem que os chineses são mesmo inteligentes como os ocidentais. Nós sabemos dos nossos problemas. Sabemos também que precisamos de estabilidade e que nem todos os problemas se resolvem rapidamente. Não achem que os chineses não conseguem ver os problemas. Apenas estamos procurando gradualmente os métodos viáveis.'"

Com base no conhecimento e na confiança profunda com a China, Raffarin está convicto de que as cooperações sino-francesas serão cada dia melhores. À medida que se aprofunda o contato em todas as áreas, a parceria estratégica sino-francesa terá certamente um futuro brilhante.

 
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