Com a influência da crise financeira global, desde outubro do ano passado, setores e empresas encontram dificuldades na gestão e redução da demanda de empregos. Muitos trabalhadores migrantes têm que voltar à terra natal. Ao mesmo tempo, a situação de emprego para recém-graduados universitários também fica mais severa. No programa de hoje, vamos conhecer como a China adota medidas para aliviar a pressão do emprego.
"Já não temos trabalho para fazer porque os produtos do nosso patrão não podem ser vendidos. Por isso, os empregados não têm trabalhos para fazer."
Yang Xinlin, com terra natal na província de Jiangxi, centro da China, trabalhou numa fábrica de brinquedos da província de Guangdong e perdeu o emprego, voltando à terra devido à redução dos lucros da fábrica.
Atualmente, cerca de 20 milhões de trabalhadores migrantes como Yang, perderam o emprego como conseqüência da crise financeira mundial, o que representa mais 15% do número total dos trabalhadores migrantes.
Para ajudar estes agricultores a encontrar emprego logo após a Festa da Primavera - o festival mais importante para os chineses - a China divulgou o primeiro documento do governo central no ano 2009, que foca nos problemas de agricultura, meios rurais e agricultores. Trata-se do sexto ano consecutivo que a China divulga documento No.1 sobre este problemas. O funcionário responsável pela agricultura, Chen Xiwen, afirmou que no ano novo a China adotará medidas eficazes para manter o crescimento constante da receita dos agricultores.
"Primeiro, estimulamos as empresas nos meios urbanos e nas regiões avançadas litorâneas a não desempregar trabalhadores migrantes ou reduzir o número de trabalhadores desempregados por elas. Segundo, fornecemos oportunidades de treinamento aos trabalhadores migrantes para reforçar suas capacidades de emprego. Terceiro, a construção da infra-estrutura absorverá no máximo os trabalhadores migrantes. Quatro, o governo ajuda o empreendimento dos agricultores."
As medidas estão sendo promovidas na China. Na província de Jiangxi, terra natal de Yang Xinlin, o nosso repórter obteve informações do Departamento de Agricultura local, de que o governo provincial exige que os diversos locais recolham informações de demanda de empregos e orienta os trabalhadores migrantes que voltam à terra natal para reiniciar trabalho nos parques industriais. Além disso, Jiangxi ainda planeja liberar 200 milhões de yuans para formação e treinamento gratuitos para os empregados recém-recrutados.
Além de ajudar os trabalhadores migrantes a buscarem emprego, a província de Jiangxi ainda estimula aqueles que voltam à terra natal a realizar empreendimento. Luo Xiaoming que perdeu o emprego em abril do ano passado, recebeu treinamento de criação de coelhos, gratuito, fornecido pelo governo local que também lhe ofereceu coelhos para reprodução e materiais. Atualmente, Luo já tem sua própria base de criação de coelhos:
"Atualmente, pode obter lucro líquido de 10 yuans por um coelho e já tenho 600 coelhos que trarão mais de 6000 yuans para mim. Sem atenção e importância prestadas pelo governo, eu iria ficar em casa sem emprego, nem obter dinheiro."
Quanto à demanda de reemprego dos trabalhadores migrantes após a Festa da Primavera, algumas províncias e municípios realizaram feiras de recrutamento, promovendo o reemprego dos agricultores migrantes através da divulgação das informações de emprego e introdução de empregos etc. A província de Henan, a primeira a exportar mão-de-obra, afirmou claramente que os trabalhadores migrantes que realizam empreendimento podem receber políticas preferenciais nos impostos e taxa de juros de empréstimos e serem isentados de alguns impostos quando encontrarem dificuldades no pagamento. A Região Autônoma da Nacionalidade Zhuang de Guangxi também exigiu a oferta de ajuda no empréstimo aos trabalhadores migrantes que realizam empreendimento.
Além dos trabalhadores migrantes, o problema de emprego dos recém-graduados universitários também constitui um desafio para o governo chinês. Segundo se informou, este ano, mais de 6,11 milhões estudantes universitários se graduarão da escola, um aumento de 9% em relação ao ano anterior. Entre os 5,6 milhões de graduados em 2008, mais de 1,5 milhões ainda não encontraram empregos estáveis.
Fu Yannan é uma estudante do último ano do Curso de Mestrado de mídia e Difusão da Universidade Beijing e está fazendo estágio numa empresa de mídia. Ela espera ser contratada. Entre os 40 colegas de sua turma, só cinco pessoas determinaram o emprego e muitos deles reduziram as exigências sobre o salário e cargo, preferindo buscar um emprego:
"A situação de emprego não é tão otimista como anos anteriores. A maior parte dos nossos colegas ainda não encontrou empregos. Será realizada uma grande feira de recrutamento onde muitos esperam conseguir empregos."
Recentemente, a Universidade Tsinghua convidou mais de mil empresas para recrutar graduados no campus enquanto a Universidade Beijing realizou uma grande conferência sobre o emprego e adotou várias medidas a respeito. O responsável pelo Centro de Orientação de Emprego da Universidade Beijing, Chen Yongli, disse:
"Convidamos especialistas na área de programação da carreira, mercado de emprego e recrutamento de intelectuais para fazer palestras aos estudantes. Além disso, a Universidade Beijing está se esforçando pelo contato com as empresas para criar mais oportunidades de emprego para os estudantes."
O governo afirmou que a partir deste ano, organizará 1 milhão de graduados universitários para fazer estágios nos próximos três anos e estimular entidades públicas a priorizar graduados universitários no recrutamento. Além disso, o país ainda os encoraja a trabalhar nas entidades de base. A porta-voz do Ministério de Educação da China, Xu Mei, apresentou as medidas neste sentido:
"As medidas incluem serviços voluntários dos universitários no oeste, nos programas de apoio à agricultura, educação, tratamento médico e ajuda aos pobres , além de professores nos meios rurais. Os diversos locais ainda têm seus próprios planos de recrutamento."
O porta-voz do Ministério de Recursos Humanos e Segurança Social da China, Yin Chengji, disse que no ano passado a China criou mais de 11,13 milhões de empregos e concluiu o programa, elaborado no início do ano, que planejava dar empregos a 10 milhões de pessoas. Ele afirmou que com a melhora da situação econômica da China, o ambiente de emprego será aperfeiçoado.