Aos olhos de muitos estrangeiros, a medicina tradicional chinesa é uma antiga e misteriosa prática médica do Oriente. Porém, por causa da medicina tradicional chinesa, um alemão fez uma amizade profunda com a China e introduziu-a para a Alemanha, dando a seus compatriotas mais oportunidades de experimentar os efeitos mágicos da medicina tradicional chinesa. Ele é o gerente-geral do Hospital da Medicina tradicional chinesa de Kortzting, Anton Staudinger. Recentemente, o correspondente da nossa rádio na Alemanha fez uma entrevista com ele.
"Staudinger. Senhor gerente, como vai? O nosso hospital tem uma boa cooperação neste ano com a companhia de seguros."
Quando o nosso correspondente entrou no gabinete de Staudinger, ele estava ao telefone com uma companhia local de seguros de saúde. Na Alemanha, o Hospital de Koutzting é o único de medicina tradicional chinesa incluído na rede de seguros de saúde. É muito difícil para a medicina tradicional chinesa conseguir reconhecimento no sistema alemão de seguros. A entrevista com Staudinger começa com este tema.
"Nos últimos 17 anos, o nosso hospital já assinou acordos de pagamento com todas as companhias de seguros reconhecidas pelo governo. Isto não é tão fácil! A despesa de um paciente no hospital é de cerca de 140 euros por dia, e atualmente, o hospital possui 76 leitos, e um ano tem 365 dias. Assim, pode fazer as contas, não é um número pequeno."
A medicina tradicional chinesa é considerada um tratamento alternativo na Alemanha. Mas, desde a sua abertura em 1991, o Hospital de Kortzting mantém uma taxa de cura em 60% por meios como acupuntura, qigong (exercício respiratório) e massagem. No passado, vendo os efeitos mágicos da medicina tradicional chinesa, o pai de Staudinger decidiu a criar um hospital especializado na Alemanha. Ele recorda:
"O meu pai sofria do coração e recebeu por acaso na China os tratamentos da medicina tradicional chinesa, e os efeitos foram muito bons, por isso, ele achou melhor trazer a medicina tradicional chinesa para a Europa."
Depois, o pai de Staudinger assinou um acordo de cooperação com a Universidade da Medicina Tradicional Chinesa de Beijing subordinada à Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa. Apesar das muitas dificuldades encontradas ao pedir vistos para os médicos chineses, o pai de Staudinger nunca desistiu da sua meta. Dois anos depois, o primeiro hospital de medicina tradicional chinesa na Alemanha foi criado em Kortzting com investimento de 15 milhões de marcos. Staudinger disse que, como criador de um grande grupo de empresas que abrange negócios de habitação, turismo, construção e saúde, o pai dele sempre considerou os chineses parceiros confiáveis de cooperação.
17 anos atrás, Staudinger era um jovem que ajudava ao seu pai na administração do hospital. Agora, ele já é um administrador experiente. Durante tantos anos de contato com médicos chineses, Staudinger vê a cooperação e entendimento mútuo entre médicos alemães e chineses como a base do sucesso do hospital, e fez muitos elogios aos médicos chineses. Ele disse:
"Os médicos chineses que trabalham aqui são muito competentes e com boa ética profissional. Tenho muita confiança neles, não há problema! Ainda me lembro de uma frase que o ex-diretor da parte chinesa, doutor Liao, costuma dizer sempre: 'Os doentes são Deus, e o efeitos dos tratamentos são a vida.' E os médicos chineses também trabalham orientados por essa frase para que os doentes se recuperem o mais cedo possível."
De fato, além de atender doentes, os médicos chineses que trabalham no hospital assuem outras duas tarefas de educação e pesquisa. E eles também foram autorizados, em caráter de exceção, a integrar da Confederação de Médicos da Alemanha. Nos olhos dos pacientes alemães, eles não são apenas "anjos de branco" que trazem esperança, mas também mensageiros de amizade que transmitem a cultura chinesa e aumentam o conhecimento mútuo. Mencionando isso, Staudinger disse:
"Através do nosso hospital, as informações sobre a China entram mais nos olhos e nos ouvidos dos alemães. Enquanto estão internados, os pacientes se interessam mais pela cultura chinesa. E ao receberem tratamentos da medicina tradicional chinesa, ficam querendo saber como os chineses vivem, o que os chineses fazem, como é a cultura chinesa etc."
A entrevista foi interrompida, o diretor da parte chinesa, Dai Jingzhan, vem perguntar como está o curso da língua chinesa da filha de Staudinger. Ele explicou que quando era pequeno, tinham muita curiosidade pelos países onde o seu pai esteve. Agora, a sua filha também se interessa muito pela China.
"Dias atrás, perguntei para a minha filha: 'Quer aprender chinês?'. Ela respondeu: 'Sim, sim, sim. Quero trabalhar junto com meu pai, fazer negócios relacionados à China, se puder falar chinês, claro que é muito bom! '"
Staudinger disse que aprendendo chinês, comendo comida chinesa, vestindo roupas de estilo chinês, agora, toda a sua família tem relações estreitas com a China e ele nunca mais vai conseguir se afastar do país.
Como gerente-geral do Hospital de Medicina Tradicional Chinesa de Kortzting, Staudinger viaja muito entre a Alemanha e a China. Além de discutir cooperações e contratos com o parceiro chinês de cooperação, ele visitou muitas cidades chinesas com Beijing e Xi'an. Após pisar em solo chinês pela primeira vez no início da década de 1990, Staudinger constatou o rápido desenvolvimento do país. Ele disse que cada vez vem à China, fica surpreso com as novas mudanças.
"Basta olhar para a construção da infra-estrutura, como edifícios públicos, estradas, para perceber a rapidez do desenvolvimento da China. Ainda me lembro da primeira vez que estive em Beijing, naquela altura, havia muitas bicicletas e poucos carros na rua, mas agora, há avenidas tão largas com seis ou sete pistas. Acho que a cidade se tornou mais comercial, toda a gente está ocupada, há muitos edifícios altos e Beijing já é uma metrópole internacional."