Aberto novo prédio da Biblioteca Nacional
    2008-09-23 13:53:54                cri

O novo prédio da Biblioteca Nacional foi aberto recentemente em Beijing, capital chinesa. É a terceira maior biblioteca no mundo, reunindo publicações e alta tecnologia.

Localizada no bairro das universidades, no leste de Beijing, a Biblioteca Nacional abriu seu primeiro prédio em 1909 - a então Biblioteca de Beijing. Em 1998, ganhou oficialmente a atual denominação. Sua rica coleção vem atraindo, ao longo dos anos, um grande número de leitores. O ministro da Cultura, Cai Wu, disse assim na cerimônia de inauguração da nova obra:

"Desde sua inauguração, em 1909, a Biblioteca Nacional vem servindo como ponte cultural que interliga a China e o exterior, a antiguidade e a atualidade. Agora, ela possui uma coleção de 26 milhões de volumes, ocupando o quinto lugar do ranking mundial".

O novo prédio, que absorveu um investimento de 1,3 bilhão de yuans, faz a área total da Biblioteca Nacional atingir 250 mil metros quadrados, atrás apenas das bibliotecas nacionais norte-americana e francesa.

 

A obra, com três andares subterrâneos e cinco acima do solo, ocupa uma área de 80 mil metros quadrados. Dividida em três partes, que simbolizam respetivamente o passado, a atualidade e o futuro, a Biblioteca Nacional tem como base um formato de livro. A área de leitura é totalmente aberta. O sol entra por todos os cantos das salas de leitura através do telhado de vidro.

Segundo o diretor da Biblioteca Nacional, Zhan Furui, o novo prédio dispõe de cerca de 3.000 assentos e de uma capacidade de atender diariamente 8.000 visitas. Seu banco de dados digital é aberto também aos leitores. Ele falou:

"Juntamos o serviço tradicional e o banco de dados digital para oferecer o acesso aos leitores e ao público e o compartilhamento da história e da cultura".

 

O banco de dados a que o diretor Zhan se refere já divulgou via internet 720 mil volumes de livros digitais, com os quais os leitores conseguem adquirir conhecimentos de uma forma mais rápida. É um dos serviços que a Biblioteca Nacional oferece ao público utilizando alta e nova tecnologia.

Para atender à nova demanda dos leitores, toda a obra é coberta por sinais de rede sem fio. Os leitores podem levar laptops às salas de leitura ou usufruir dos 460 computadores disponíveis na biblioteca.

Além de tudo isso, o posto de leitura digital é uma nova atracão da Biblioteca Nacional. Os leitores podem ficar diante da tela do computador e imitar o gesto de folhear as páginas. Com isso, os livros digitais que aparecem na tela vão se abrir ou fechar. Segundo o engenheiro-senior da Biblioteca Nacional, Wu Bin, a nova tecnologia deve diminuir o dano causado pelos toques na tela e aumentar o interesse das crianças pela leitura.

"A tecnologia é a mais recente. A webcam captura e identifica gestos da mão, e define depois as funções para cada gesto. Ela deve ser empregada com maior frequência no futuro. Além de oferecer muita facilidade, ela favorece a criação do interesse das crianças pela leitura".

A Biblioteca Nacional também dispõe de um "sistema de pilotagem" avançado. Depois de digitar o nome do livro no computador, o sistema mostra imediatamente a localização da estante e indica simultaneamente a melhor rota para chegar a ela.

Para saber quanto tempo vai levar para dar uma volta na Biblioteca Nacional, o leitor pode experimentar a caminhada digital na maior tela de cristal líquido do mundo, a qual tem uma largura de 3 metros e um comprimento de 7 metros. O visitante pode controlar sua imagem com dedo e uma volta em todo o prédio leva 270 minutos.

A obra oferece um espaço voltado aos portadores de deficiência visual. O vice-diretor do Departamento de Recursos Digitais da Biblioteca Nacional, Li Chunming, explicou:

"Oferecemos uma biblioteca digital aos portadores de deficiência visual. São encontrados aqui livros, músicas e seminários digitais. Fizemos testes nas escolas para deficientes e o resultado foi bom. Os alunos mostram muito interesse. Todos os livros são equipados com softwares pelos quais o conteúdo é lido com voz humana".

 

Junto com a nova e a alta tecnologia, a exibição de "Si Ku Quan Shu", a maior coleção de livros compilada pelas autoridades chinesas na antiguidade, brilha também na Biblioteca Nacional. Concluída há dois séculos, a coleção reúne quase todas as obras importantes do país, divididas em 36 mil volumes, com uma totalidade de 700 milhões de caracteres chineses. A coleção foi exibida parcialmente ao público por apenas duas vezes. A funcionária do Departamento dos Livros Antigos Dong Rui disse:

"Os leitores chineses nunca tiveram acesso completo à coleção Si Ku Quan Shu. Desta vez, podemos vê-la na íntegra".

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