Ginasta cabo-verdiana: "É uma grande honra representar o país nas Olimpíadas"
    2008-09-01 14:15:50                cri

A cabo-verdiana Wânia Monteiro, magrinha e tímida, participou das Olimpíadas de Beijing na modalidade de ginástica rítmica. Na prova do individual geral, ela ficou em 24º lugar e foi uma pena não ter sido classificada na final. A ginasta disse, no entanto, que superar as dificuldades e participar das Olimpíadas já é uma vitória, e declarou que estava muito honrada de representar a sua pátria no palco mundial.

Aos 22 anos de idade, Wânia está cursando publicidade numa universidade brasileira. Ela não tem muito tempo de voltar à sua terra natal, a milhares de quilômetros de São Paulo, onde mora e, por isso, a ginasta tem pouco tempo de fazer seus exercícios. Mesmo assim, ela aproveitou todos os pedacinhos de tempo para se preparar para os jogos, querendo mostrar o melhor de si e do seu país. A menina disse que Cabo Verde não tem muitos equipamentos esportivos e, normalmente, ela tem de compartilhar o lugar com atletas de outras modalidades durante os treinos. Ela disse:

"Não temos local especial para o treino de ginástica. Normalmente temos de fazer exercícios na quadra de basquete, das 3h às 5h da tarde. Mas mesmo assim temos de ficar nos cantos por que os jogadores de basquete, handebol e vôlei também ocupam o mesmo lugar. Não temos espelho nem som, mas em todo caso, treinamos sempre com todos os esforços."

A ginasta cabo-verdiana começou a praticar ginástica rítmica aos sete anos de idade. Desde então, ela ficou apaixonada por este esporte e não parou de treinar. Para ela, embora não consiga resultados notáveis na sua carreira esportiva, a participação das Olimpíadas, em si, é uma conquista valiosa.

"Não é todo mundo que tem oportunidade de participar das Olimpíadas. Hoje posso representar o meu país na competição com os melhores atletas do mundo, isso é uma experiência belíssima."

Esta é a sua segunda e também última participação nas Olimpíadas. Depois de se formar no ano que vem, ela quer voltar a sua terra natal e abrir uma agência de publicidade. Ainda sentindo um pouco de pena por se afastar do esporte, Wânia diz que a saída rápida é a melhor maneira porque ela tem de pensar no futuro. Mas ela também revela que gostaria de continuar na carreira esportiva por outros meios:

"Embora eu vá trabalhar na área de publicidae após a graduação, não vou abandonar a ginástica rítmica. Quero participar da turma de formação de árbitros, continuando a contribuir para o esporte cabo ? verdiano."

A temporada em Beijing foi inesquecível para ela. No terceiro dia após a abertura dos Jogos ela comemorou seu aniversário de 22 anos. Apesar do pouco tempo que ficou, ela já está apaixonada pela capital chinesa e gostaria muito de conhecer a cultura do país.

"Tenho novos conhecimentos sobre a China, especialmente a cultura, que é totalmente diferente da nossa."

Chegou ao fim a viagem pela China da ginasta cabo-verdiana e também sua carreira esportiva de atleta. Acreditamos que, com o espírito olímpico, ela possa realizar mais sonhos na sua vida.

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