Foto em preto e branco: um vilarejo tranqüilo sobre a água
    2007-08-03 15:00:58                cri

A província de Jiangsu, no sul da China, não se destaca só pelo crescimento econômico acelerado, mas também pela riqueza de destinos turísticos. Luzhi, um povoado de 2500 anos de história, é um desses destinos.

Luzhi é um povoado pequeno, com uma área de pouco mais de um quilômetro quadrado. Depois de atravessar um alto arco de pedra e cruzar uma ponte, encontramos o Lurui, um animal emblemático do vilarejo, com um único corno. Segundo a lenda que o Lurui era veloz e sábio. Como dominava os dialetos de vários lugares, era considerado um animal divino e defensor da paz. Nascida em Luzhi, a guia Wang Yan nos apresenta sua terra natal:

"O vilarejo foi fundado no período dos Reinos Combatentes, há 2500 anos. Mas as escavações feitas aqui encontraram relíquias que revelam que o local já era habitado bem antes, há 5500 anos. Luzhi conserva até hoje suas características originais. As casas enfileiradas ao longo do rio são centenárias e divididas em duas partes: a parte da frente serve como lojinha, enquanto a de trás é a residência familiar".

Passear pelas ruelas estreitas com seu calçamento de mármore ou seixos e andar por entre as casas antigas dá a sensação de mergulhar num ambiente congelado no tempo. O povoado tem nove antigas ruas arteriais, onde se erguem edificações das dinastias Ming ou Qing, construídas há cerca de 400 anos. Telhados pretos e paredes brancas lembram de um tempo passado. Incontáveis canais e pontes dão ao lugar sua mais marcante característica. O único meio de transporte é o barco. O rio faz um ziguezague de seis quilômetros de extensão entre as casas do vilarejo, produzindo uma paisagem típica do sul da China. Uma Veneza do Oriente. Liu Limei, de Xiamen, já na sua segunda visita a Luzhi, avaliou:

"O povoado tem uma rica herança cultural. Os turistas podem passear pela região de barco ouvindo o canto das moças com trajes folclóricos ao seu lado. É um espetáculo que emociona".

Luzhi é conhecida como a Terra das Pontes. Dentro de sua área de apenas um quilômetro quadrado, contam-se 72 pontes de feitios variados. Há pontes arqueadas, retas e decorativas. Se quiser conhecer a história das pontes da China, vale a pena visitar Luzhi.

Outra coisa extraordinária são as árvores antigas. Há no total 7 ginkgos, a bela árvore asiática com folhas em forma de leque. O mais velho tem 1500 anos de idade e 50 metros de altura. Seu tronco é tão largo que são necessários três homens para abraçá-lo. De acordo com a guia Wang Yan, outras duas árvores bastante antigas, uma cambronera e uma glicínia, no terreno do templo Baosheng.

Construído em 503, o templo Baosheng que vemos hoje passou por sucessivas reformas. Os visitantes poderão ver esculturas de pedra da dinastia Tang e a arquitetura da dinastia Ming. Entre as obras preservadas ali, o mais precioso é o conjunto de estátuas dos arhat, os seguidores do Buda que alcançaram o nirvana.

Produzido há mil anos, durante a dinastia Tang, o conjunto possuía inicialmente 8 estátuas. Porém, metade delas foi destruída num grande incêndio. Diferentemente das outras esculturas do gênero, o conjunto foi posicionado sobre um fundo que retrata o mar revolto, precipícios e nuvens flutuantes. Feitas em tamanho natural, as estátuas têm feições diferentes umas das outras. Liu Yang, funcionária do templo explicou:

"A imagem parece tridimensional, perfeitamente harmonizada com as montanhas e o mar ao fundo".

Dicas turísticas:

Luzhi tem quatro estações bem definidas. A temperatura média é de 16 graus. O vilarejo fica a 18 quilômetros de Suzhou e a 58 quilômetros do aeroporto Hongqiao, em Shanghai. O ingresso custa 60 yuans. O horário de visitação é de 8 a 17 horas. Os pratos locais têm um sabor leve e fresco: são delicias imperdíveis os cogumelos, mexilhões do rio e castanhas d'água. Os trajes tradicionais das mulheres dão às ruas um colorido especial. Boas opções de souvenires são as roupas folclóricas, os calçados bordados à mão e os lenços de cabeça.

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