"O meu chinês realmente tem salto. Na verdade, eu vim para cá com uma base não tão sólida. E aqui na China, a minha base fica sólida. De verdade, agora tenho uma base sólida de chinês."
Guilherme Gooda, estudante da Universidade de São Paulo, veio à China no ano passado. Ele participa de um intercâmbio estudantil na Universidade de Estudos Internacionais de Xi'an. No início, não conhecia muito o país e não falava bem chinês, mas agora já possui um bom nível de mandarim. Ele contou seu motivo para aprender chinês.
"O primeiro motivo para aprender chinês é, com certeza, a evolução que a China tem hoje em dia. E também a motivação pessoal de aprender uma língua nova. E no caso do chinês foi a minha primeira opção. Sou da Universidade de São Paulo e venho aqui para participar de um intercâmbio com intenção de evoluir meu chinês e passar ele para o próximo nível."
Xi'an foi a capital de várias dinastias chinesas. A cidade desempenha um papel importante na história ilustre do país. Não foi por acaso que Guilherme veio a Xi´an. Antes, havia aprendido bastante sobre a história e cultura do local. Ele tem uma grande paixão pela cidade.
"Na verdade, a minha escolha de Xi'an para intercâmbio não foi uma escolha casual, tinha uma noção da história de Xi'an. E chegando lá isso é tudo mais concreto. Xi'an tem talvez 3100 anos de história, e foi capital durante três dinastias chinesas. Xi'an é muito bom por que é o centro cultural de várias coisas diferentes. É o centro taoista, confuciano, budista e também um centro muçulmano, e muita influência de Lanzhou, de Gansu, que também é muito muçulmano."
A sua curiosidade e paixão pela China lhe trouxeram o desejo de aprender bem o mandarim. Para Guilherme, o domínio do chinês será um instrumento importante para a sua carreira profissional.
"Na minha opinião, hoje em dia, o chinês seria a segunda língua internacional que você tem que aprender. O inglês você aprende porque já está há muito tempo no mercado, é tão necessário. E logo após o chinês, por que a nova fronteira que se está abrindo. Então eu estou a apostando muito no meu chinês, em aprender de verdade essa língua e poder trabalhar com isso no Brasil."
Para Guilherme, é muito valiosa essa experiência na China. Além de conhecer a cultura e a vida social, fez muitas amizades com pessoas de outros países, que também vieram aprender chinês.
Os brasileiros Daniel Maia e Rafael Lima estão fazendo mestrado na China. Ambos querem procurar coisas diferentes das do Brasil e adquirir novos conhecimentos, além de vivenciar a diversidade da vida chinesa. Daniel se formou em jornalismo, mas não quer trabalhar na área. Agora está fazendo a segunda habilitação na área de relações públicas. Ele nos conta seu motivo para frequentar o curso.
"Eu me formei em jornalismo. Mas eu tenho mais intenção de trabalhar na área empresarial, de comunicação, não com jornalismo tradicional de jornal, revista e TV. Por isso, estou fazendo curso de relações públicas. Como no Brasil, as pessoas normalmente contratam jornalistas para essa função. Eu dei prioridade para função de jornalista. E agora estou-me especializando em relações públicas. Acho que a vivência na China principalmente para a área empresarial é muito importante que pouquíssimas pessoas no Brasil têm essa experiência de conhecer o povo chinês e entender como ele pensar, falar o idioma. Poucas pessoas têm essa experiência. Eu queria poder fazer parte disso."
Rafael Lima deixou temporariamente da carreira de professor de um instituto de comunicação de Shijiazhuang, na província de Hebei, e quer fazer uma continuação do seu curso de licenciatura.
"O que mais me motivou, na verdade, a continuidade dos meus estudos na China que eu faço desde 2007 que eu venho sistematicamente. E a continuidade do meu mestrado aqui na China, ele é a continuidade desse acúmulo. Nada invalida em nada ou está indo na contra mundo do que já foi feito até aqui, muito pelo contrário. Esse mestrado permitindo que eu me dedique em tempo integral ao estudo, ele vai permitir não só que eu tenha um titulo de mestre no futuro, mas que eu tenha uma vivência maior que eu consiga penetrar nas camadas mais profundas da realidade chinesa do dia a dia do chinês. E também no conhecimento, o mestrado em si que já tem foco nas relações internacionais contemporâneas da China."
Daniel e Rafael foram selecionados por um programa de bolsas de estudo do governo chinês. Rafael nos apresentou o programa.
"O programa que nós estudamos é o Chinese Student Council que o programa do governo chinês, do governo central da China. O governo seleciona estudantes do mundo inteiro para fazer cursos de graduação aqui na China. Este ano são dois mil alunos que estão vindo para a China. Somos quinze brasileiros na verdade. Então, estudam em diferentes cursos e diferentes universidades."
Daniel nos revelou como foi o processo de seleção.
"Eu descobri através do site da Universidade Federal de Minas Gerais, que publicou na sessão de relações internacionais. Mas também no Itamarati, que é a casa de relações internacionais do Brasil, também foi publicado. Em fim, você participa da seleção, tem que enviar uma série de documentação, uma série de coisas, tem que enviar o seu projeto de estudos para mostrar porque é que você pode ser útil para a China, e porque que a China pode ser útil para você. E em fim, depois quatros meses eles fazem seleção da documentação que toda enviada para a China. E próximo quatro meses depois recebi a notificação que tinha sido aprovado juntamente com outros catorze brasileiros."
A experiência na China lhes permite sentir de uma forma diferente a vida cotidiana e a abundância cultural chinesa. Todos estão carregando muita paixão por conseguirem seu sonho chinês.