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Terremoto em Wenchuan não afetará funcionamento da economia chinesa
2008-06-13 10:41:42    cri

O grande terremoto ocorrido em Wenchuan, na província de Sichuan, causou grandes perdas humanas e materiais. Porém, especialistas em sismologia afirmaram à imprensa que os efeitos negativos do sismo para a economia nacional serão parciais e temporários, e não afetarão o funcionamento da economia geral do país.

O sismo ocorrido no dia 12 de maio em Wenchuan foi o maior desastre geológico desde 1949. Além da província de Sichuan, as províncias de Shaanxi, Gansu, Chongqing, Yunnan e Guizhou foram afetadas em diferentes graus. O número de mortos atingiu cerca de 67 mil pessoas. As instalações de infra-estruturai de eletricidade, telecomunicações e transportes foram gravemente danificadas e 14 mil empresas foram afetadas, com uma perda econômica direta de 67 bilhões de yuans. Ao mesmo tempo, a produção agrícola da região atingida foi gravemente afetada, com cerca de dez mil hectares de plantações danificados.

 

O acadêmico do Instituto Monetário da Academia de Ciências Sociais da China Yi Xianrong lembrou que Sichuan fica na região oeste, economicamente menos avançada, que não representa um ponto crucial para o setor manufatureiro de Beijing. Além disso, são regiões montanhosas as mais afetadas pelo sismo, onde há pouca população e uma economia relativamente atrasada. Portanto, o desastre não causará um grave impacto para a economia global da China. Yi afirmou:

"O sismo foi devastador para a economia local, porém, se olharmos para uma conjuntura global, a influência não será muito grande. As cifras dos danos do sismo são grandes, porém, não ocupam uma fatia grande no Produto Interno Bruto. Assim, não será muito grande o impacto para a economia do país."    

"O impacto que o sismo trouxe para o nível de preços seria grande em todo o país em termos psicológicos, mas não constituirá um impacto real e tão grande para o índice de preços ao consumidor."

As minas de zinco, chumbo e alumínio da província de Sichuan ocupam uma posição importante em todo o país. O terremoto não provocou danos aos recursos naturais, apenas destruindo as instalações de infra-estrutura, como fábricas, linhas de eletricidade e redes de transporte. O preço dos metais em todo o país pode oscilar devido ao sismo num curto prazo, mas, com a recuperação da produção na região afetada, o preço não permanecerá alto por muito tempo.

Além disso, a província de Sichuan tem uma posição relevante na estrutura de oferta de produtos agrícolas, respondendo por 6% da produção cerealífera de todo o país e 8% da produção de oleaginosas. Mas, a principal região atingida é a montanhosa no norte da província, onde há apenas produtos agrícolas com taxa de comercialização baixa. O país tem suficiente estoque de cereais e óleos. O vice-ministro da Agricultura, Wei Chao'an, afirmou que o desastre não provocará grandes impactos na oferta de produtos agrícolas e em seus preços.

"O desastre do sismo causou grandes perdas para a agricultura da região afetada, porém, continua boa a situação da produção agrícola na China em todo o ano. A boa tendência já existente no país não sofrerá uma mudança fundamental e a oferta de produtos agícolas, inclusive cereais, está garantida. Os preços desses produtos também poderão se manter estáveis. Estamos confiantes neste aspecto."

 

Atualmente, estão em pleno andamento a reconstrução pós-sismo e a recuperação da produção. As finanças estatais já liberaram 70 bilhões de yuans para a criação de um fundo de reconstrução. O acadêmico Yi Xianrong considera que com os vultuosos investimentos do governo central, o transporte rodoviário, a construção de instalações públicas urbanas e habitações poderão ser recuperados. Os investimentos do governo podem constituir um importante fator para impulsionar o aumento do PIB.

"Na reconstrução pós-sismo, os grandes investimentos podem puxar o rápido aumento da economia local. E, neste processo, os setores relacionados também serão beneficiados. Estima-se que a reconstrução pós-sismo possa promover o crescimento econômico em 2% ou até 3%.

 
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