O presidente e secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) fez o pedido em uma visita realizada domingo a Langfang, na província de Hebei, ao norte do país, para inspecionar duas companhias locais de casas pré-fabricadas.

O presidente, que visitou fabricantes de tendas na província de Zhejiang, região leste do país, três dias atrás, mostrou uma grande preocupação com a relocação das pessoas afetadas pelo forte terremoto de 12 de maio.

O governo destinou recursos especiais para construir um milhão de casas temporárias para mais de 14 milhões de pessoas, cujas casas foram danificadas pelo terremoto de 8,0 graus e pelos tremores secundários nas últimas duas semanas.

Em Langfang, cidade próxima a Beijing, o presidente esteve acompanhado pelo chefe do PCC de Hebei, Zhang Yunchuan, e pelo governador da província, Hu Chunhua. As duas fábricas que visitou receberam pedidos de 19,5 mil casas pré-fabricadas, que devem ser produzidas em um curto período de tempo.

Durante sua visita, Hu foi informado sobre as moradias temporárias. Ele agradeceu aos trabalhadores da fábrica em nome do Comitê Central do PCC e do Conselho de Estado (gabinete chinês), e sublinhou a importância de fabricar moradias para os sobreviventes.

"Façam o máximo e tratem de concluir as encomendas em breve, a fim de apoiar o trabalho de ajuda pelo terremoto com esforços substanciais", disse Hu aos trabalhadores.

Depois de terminar a visita às fábricas, Hu se reuniu com funcionários governamentais e líderes de companhias locais.

Abrigar apropiadamente todas as pessoas afetadas é uma tarefa difícil e urgente, disse Hu, que pediu às fábricas que superem todas as dificuldades para cumprir os contratos e que dêem prioridade à qualidade.

Hu também pediu esforços vigorosos para que os desabrigados sejam recolocados o mais breve possível e pediu aos departamentos governamentais de todos os níveis que garantam o fornecimento de matérias-primas, peças de reposição e financiamento para construtores de casas.

O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, assinalou no sábado último que os esforços para resgatar sobreviventes continuam nas áreas açoitadas pelo terremoto, mas o enfoque do trabalho deve gradualmente ser dirigido para a recolocação de moradores e reconstrução depois do terremoto.

Wen disse à imprensa nacional e estrangeira, em uma zona de recolocação na vila Yingxiu, uma das áreas mais atingidas pelo terremoto de 12 de maio, que a maior dificuldade para recolocar os moradores afetados é a falta de tendas.

Um total de 15 milhões de moradias ficaram danificadas ou destruídas em conseqüência do terremoto e uma grande quantidade de pessoas necessita abrigos, declarou o primeiro-ministro, que realizou sua segunda visita à província de Sichuan.

"Reunimos tendas em todo o país e recebemos ajuda da comunidade internacional, mas ainda necessitam mais tendas", assinalou Wen.

O governo chinês pediu aos fabricantes de tendas que produzam e transportem 30 mil tendas à zona do terremoto diariamente e 900 mil em um mês, disse Wen.

A produção de casas móveis de madeira também deve acelerar para garantir que as pessoas afetadas retomem a vida normal em um prazo de três meses, acrescentou Wen.

Também serão realizados esforços para evitar grandes epidemias depois do desastre, indicou o primeiro-ministro.

Deve-se assegurar um número suficiente de pessoas para a prevenção de epidemias e o fornecimento de remédios, exigiu Wen.

Wen mencionou que outro problema que enfrentam os socorristas é a possibilidade de desastres secundários. Os lagos formados por deslizamentos de terra, provocados pelo terremoto, são a maior ameaça.

"Estamos tomando medidas eficazes para erradicar os perigos contra a segurança e garantir que não haja vítimas por desastres secundários", disse Wen.