O Fórum Mundial de Água, aberto hoje em Istambul, atraiu de novo a atenção sobre o problema da escassez da água, que ameaça a sobrevivência da humanidade.
O último relatório da UNESCO sobre recursos hídricos previu que o fornecimento para a metade da população mundial será racionado até 2030, e dezenas, ou até centenas de milhões de pessoas, abandonarão suas casas.
As fontes de água potável pelo planeta são extremamente limitadas, e vários países enfrentam a escassez. Disputas por esse recurso natural já provocaram conflitos em algumas regiões.
Água é um dos principais pontos de disputa entre árabes e israelenses no Oriente Médio, e essa questão também afetou as relações entre diversas nações africanas.
A explosão demográfica, as mudanças climáticas e a crescente demanda no meio do desenvolvimento econômico propõem mais pressão no atual suprimento de água.
Além disso, a produção de etanol e outros biocombustíveis também piorará a escassez desse recurso.
Mais e mais pessoais no mundo começaram a se preocupar pelo problema e as consequências possíveis. A economia e uso efetivo da água entraram já nas agendas de governos.
"Perante a falta cada vez pior, uma boa governação passou a ser a chave para a administração de água", afirmou o diretor-geral da UNESCO, Koichiro Matsuura, no fórum.
A Região Autônoma de Uigur de Xinjiang, no noroeste da China, irá fornecer água potável a 1,15 milhão de residentes rurais este ano, um alto funcionário de recursos hídricos disse na segunda-feira.
Cerca de 940 milhões de yuans (US$ 137 milhões) foram disponibilizados em projetos hídricos para 2008 e 2009, incluindo 720 milhões de yuans (US$ 105 milhões) do governo central, disse Zhao Leshi, vice-chefe do departamento regional de recursos hídricos.
Os gastos de cerca de 300 milhões de yuans (US$ 43,9 milhões) no ano passado foram utilizados por Xinjiang na construção de 116 projetos de água potável, 59 facilidades de fornecimento de água e estabelecimento de mais de 5 mil quilômetros de tubos. Esses projetos forneceram água potável para 643,4 mil pessoas pela primeira vez, disse Zhao.
Xinjiang é uma região árida, onde os escassos recursos hídricos variam amplamente pela localização e época. Água imprópria para beber causou um surto de doenças no final dos anos 80 na região.
Ao longo da última década, a região forneceu água potável para 6,9 milhões de pessoas, o que representa 59% da população.
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