A África busca impulsionar a cooperação com a China para resistir aos impactos da crise financeira global na economia do continente, declarou o ministro da Economia do Togo, Adji Otheth Ayassor, em uma entrevista recente à Xinhua. Esta cooperação impulsionará o aumento do investimento direto da China no continente africano, disse o ministro.
Ayassor elogiou os esforços chineses para desenvolver as relações com a África, dizendo que a China tem incrementado os intercâmbios na década passada, mesmo com o avanço econômico lento do continente.
As relações econômicas e comerciais entre a África e a China "se consolidam a cada dia" e se materializam em investimentos chineses nos setores de infraestrutura, saúde, agricultura, capacitação profissional e mineração, salientou o ministro.
"As visitas de líderes chineses ao continente africano demonstram a disposição para consolidar os intercâmbios", disse.
Os intercâmbios de alto nível têm sido mais frequentes desde a Cúpula de Beijing do Fórum sobre Cooperação China-África em novembro de 2006. Durante sua viagem à África em fevereiro, o presidente chinês, Hu Jintao, prometeu que a China continuaria a aumentar a ajuda e reduzir dívidas aos países africanos, bem como promover o comércio e os investimentos mais amplos no continente.
Ayassor elogiou o intenso apoio dado pela China à África desde 2006. "A China participa no financiamento do setor bancário africano através do Banco Africano de Desenvolvimento e administra um fundo de desenvolvimento criado em 2006 para estimular os investimentos na África", explicou.
O governo chinês decidiu aumentar o fundo para US$ 5 bilhões para ajudar as companhias chinesas a investirem na África.
Ayassor espera que a China incremente seus fundos de desenvolvimento a favor da infraestrutura africana, incluindo ferrovias, estradas e pontes, para que a África possa ter intercâmbios substanciais e de benefício mútuo com o gigante asiático.
O ministro togolês propôs, entre outras coisas, que a cooperação entre China e África se estenda à segurança financeira e às missões de manutenção da paz no continente.
As duas partes podem cooperar na luta contra a lavagem de dinheiro e no intercâmbio de informações sobre operações financeiras de risco, disse.
A China também pode contribuir com a manutenção da paz e da durável harmonia nos países africanos.
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