A China e a Rússia estão fazendo esforços conjuntos para manter o desenvolvimento estável no seu comércio bilateral, com o objetivo de contrabalançar impactos da crise financeira internacional, disse hoje um conselheiro político chinês.
O comércio bilateral foi de apenas US$ 2,5 bilhões em janeiro desse ano, o que representa uma queda anual de 40% devido à crise financeira global, disse Liu Guchang, membro do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), o órgão consultivo político mais importante do país.
O declínio foi resultado principalmente de uma queda nas exportações de origem chinesa, fato provocado pela falta de capital na Rússia, de acordo com Liu, o embaixador chinês na Rússia.
"A crise teve impacto sobre projetos econômicos de cooperação bilateral, e vários deles foram paralisados", disse.
"Os dois países estão em comunicação permanente desde o início da crise financeira internacional, e têm trocado opiniões diversas vezes", acrescentou.
Como resultado disso, a China e a Rússia assinaram sete acordos mês passado sobre um programa de cooperação na área de recursos energéticos.
Estatísticas oficiais mostraram que o comércio bilateral sino-russo registrou um crescimento rápido no primeiro semestre do ano passado, mas este aumento se tornou mais lento no segundo semestre e, especialmente, no quarto trimestre, devido à ampliação da crise financeira global.
O comércio entre os dois países somou US$ 56,8 bilhões no ano passado, registrando um aumento de 18% em relação ao ano anterior. A taxa de crescimento ficou extremamente abaixo dos 44,3% obtidos em 2007, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas.
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