A Semana de Ouro do Dia dos Trabalhadores, um feriado prolongado lançado anos atrás pelo governo chinês para estimular o consumo doméstico e abandonado em 2007 devido às grandes confusões provocadas no setor de transporte, poderá ser retomado na província de Guangdong, sul da China, para atenuar o impacto da atual crise econômica global.
Antes de 2007, havia três feriados prolongados na China: um por motivo do Dia dos Trabalhadores, celebrado em 1º de maio no país asiático em cada ano; um por motivo do Dia Nacional, comemorado em 1º de outubro; o outro graças ao Ano-Novo Chinês, a festa mais importante no calendário lunar chinês e que varia de ano para ano e caiu em 26 de janeiro este ano. Cada feriado prolongado era de sete dias de duração. Em 2007, o feriado prolongado do Dia dos Trabalhadores foi reduzido de sete dias para três dias.
A província de Guangdong pretende readotar o feriado prolongado, ideia já aprovada pelo governo central, de acordo com o diretor do Departamento Provincial de Turismo, Yang Rongsen. Para os feriados do Dia dos Trabalhadores e do Dia Nacional, o governo provincial incentivará os moradores locais e os migrantes que trabalham na província a tirar férias longas, acrescentou o dirigente.
Guangdong é o motor da economia chinesa e o maior exporator do país. No entanto, gravemente afetada pela crise financeira global, a exportação da província caiu 31% em janeiro em relação ao mesmo período do ano passado, para ficar em US$ 36,6 bilhões.
Huang Huahua, governador de Guangdong, disse acreditar que os feriados prolongados possam empurrar a economia local, que se encontra em desaceleração.
Estatísticas do Departamento Provincial de Turismo mostram que os gastos com cartões de crédito durante o feriado do Ano-Novo Chinês atingiram 2,2 bilhões de yuans (cerca de US$ 332 milhões) em Guangdong.
Zheng Nianjun, um especialista em turismo, previu que os feriados prolongados poderão ajudar o setor de turismo da província a gerar 500 bilhões de yuans (US$ 73 bilhões) este ano.
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