A China e o Reino Unido emitiram segunda-feira uma declaração conjunta em que concordaram em fortalecer a cooperação e enfrentar ativamente a crise financeira internacional.
Como duas das principais economias mundo, a China e o Reino Unido são protagonistas cruciais para resolver o clima econômico instável, diz a declaração conjunta, emitida depois das conversações entre o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e o premiê britânico, Gordon Brown.
"Reiteramos nossa determinação em desenvolver ainda mais nossa parceira estratégica ampla, baseada nos princípios de respeito mútuo, igualdade e benefício recíproco, a fim de promover o crescimento econômico, a prosperidade e a estabilidade nacionais, resolver os desafios internacionais que enfrentamos, impulsionar a recuperação mundial da atual crise econômica, e buscar um desenvolvimento sustentável e harmonioso", diz a declaração.
Sobre as relações entre a China e a União Europeia (UE), ambas as partes concordaram em que manter o desenvolvimento estável das relações bilaterais é essencial no atual ambiente político e econômico mundial conturbado.
"Concordamos em realizar esforços para promover a parceria estratégica ampla entre a China e a UE", diz a declaração.
Os dois países reiteraram que aplicarão a declaração da cúpula financeira internacional realizada em Washington em novembro passado, e qualificaram a próxima Cúpula de Londres como "uma oportunidade vital" que deve ser aproveitada pelo mundo.
Os dois líderes discutiram a forma de trabalho com outros líderes mundiais para garantir que a Cúpula de Londres possa ter os resultados necessários para estabilizar a economia mundial, preservar a abertura e establecer o curso para uma recuperação sustentável, a fim de assegurar o crescimento e os empregos nacionais e mundiais.
Ambas as partes também prometeram empreender as "ações de política necessárias para impulsionar o crescimento internacional sustentável" e proporcionar empregos.
Wen e Brown concordaram em seguir a cooperação estreita para melhorar a regulamentação, a transparência e a integridade dos mercados financeiros, a fim de fortalecer o funcionamento saudável do sistema financeiro ao mesmo tempo que se salvaguarda a estabilidade.
As duas partes reiteraram o compromisso com os mercados abertos e livre comércio, e estiveram de acordo em que "políticas protecionistas estreitas de curto prazo, através de barreiras ao comércio e ao investimento ou de desvalorizações competitivas da moeda, somente aprofundarão a recessão mundial".
Os dois líderes também pediram uma solução "rápida, ampla e equilibrada" para a rodada de Doha.
Os dois países acreditam que a comunidade internacional deve trabalhar conjuntamente para realizar uma reforma efetiva e ampla do sistema financeiro internacional, com base na consulta completa entre todos os envolvidos
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