Na reunião ordinária anual da Assembléia Popular Nacional da China, Li Yifu, delegado do povo, disse:
"Os agricultores estão satisfeitos com várias medidas do governo como, por exemplo, o cancelamento dos impostos agrícolas que perduraram por milênios na China e a emissão de subsídios pelo governo para a produção de cereais; isenção das mensalidades escolares aos alunos rurais na etapa de ensino obrigatório de nove anos; grande investimento do governo em infra-estrutura rural, como rodovias, abastecimento humano e proteção ambiental; criação do sistema de garantia da mínima subsistência de vida no campo; e a criação de um novo tipo de cooperativas de assistência médica no campo".
Lin defende a reforma gradual do sistema econômico chinês. No final dos anos 80 do século passado, ele considerava que, para resolver a questão da baixa competitividade das empresas estatais, o governo deveria coordenar bem o uso dos recursos aproveitando as próprias vantagens da economia chinesa, eliminar os encargos de caráter políticio e criar um mecanismo de competição de mercado justa e razoável.
Estas idéias, que eram naquele tempo vanguardistas, têm contribuído para a China, que mantém o crescimento anual de sua economia por volta de 10% e evita grandes turbulências econômicas. Com a aplicação das teses, a China tem servido como exemplo positivo entre os países em desenvolvimento em busca do crescimento e transformação econômicas.
Os resultados das pesquisas de Lin vêm obtendo cada vez mais atenção e reconhecimento dos colegas. Em novembro de 2007, ele foi convidado para a Universidade de Cambridge, tornando-se o primeiro intelectual chinês da Marshall Lectures. Analisou em seu discurso as estratégias do desenvolvimento econômico adotadas por diferentes países após a Segunda Guerra Mundial e apresentou sua teoria sobre a vantagem comparativa.
Em fevereiro de 2008, o presidente do Banco Mundial, Robert B. Zoellick, nomeou Lin Yifu como vice-presidente sênior e economista-chefe da instituição.
Lin atribuiu o convite da Universidade de Cambridge e do Banco Mundial a vários fatores: a China é o maior país em desenvolvimento do mundo e cada vez mais estudiosos entendem a teoria de "fomento do desenvolvimento, eliminação da pobreza". Lin disse:
"Ao escolher um economista chinês, acho que eles vêm com bons olhos as nossas experiências acumuladas nos últimos 30 anos de reforma. Nossas experiências têm sido afirmadas pelo mundo e mudaram as idéias de muitos intelectuais sobre os problemas de desenvolvimento e transformação econômica. Sem os êxitos da China, não haveria estas oportunidades".
Com as experiências chinesas e sua teoria, Lin Yifu começou seu mandato de quatro anos no Banco Mundial. Na primeira semana depois de assumir o cargo, foi à África para conhecer no local a situação socioeconômica. Lin disse querer difundir seu entendimento sobre as experiências chinesas - libertar a mentalidade, buscar a verdade e progredir junto com o tempo - para aquelas regiões que estão ansiosas pela solução dos problemas relacionados ao desenvolvimento.
"A meu ver, as experiências chinesas poderão ser apropriadas para qualquer país e região do mundo, com a adaptação em diferentes circunstâncias e condições. Espero dar mais ajuda aos países em desenvolvimento na solução de seus problemas", disse Lin.
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