A economia da China crescerá provavelmente 10% em 2009, diante do impacto da crise financeira e da desaceleração da economia mundial, previu domingo Zhang Liqun, pesquisador do Centro de Pesquisa do Desenvolvimento do Conselho de Estado, gabinete do país asiático.
"Embora a situação negativa da economia global conduza a uma redução da demanda estrangeira, o consumo e o investimento doméstico, além de grande potencial de desenvolvimento do país, permitirão que a economia do país cresça com rapidez", disse Zhang.
O especialista previu que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país acelerará significativamente na segunda metade do próximo ano.
Zhang afirmou que suas previsões têm base no grande volume de consumo e investimento doméstico, além dos suficientes recursos, tecnologia, mãos-de-obra, previdência social e medidas de controle macroeconômico feitas pelo governo.
"O rendimento pessoal continuará aumentando à medida que milhões de trabalhadores imigrantes entram nas cidades para melhorar suas condições de vida. A crescente demanda de moradias e automóveis dará forte e duradouro impulso para o poder de consumo", disse.

"No entanto, as empresas nacionais devem acelerar o ritmo de atualização da estrutura comercial, a fim de enfrentar a atual situaç ão econômica mundial", indicou ele.
O PIB da China atingiu 20,16 trilhões de yuans (US$ 2,96 trilhões) nos primeiros nove meses do ano, representando uma alta de 9,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa de crescimento, não obstante, ficou 2,3 pontos percentuais menor que o mesmo período de 2007.
Além disso, Zhang demonstrou que o Índice de Preços ao Consumidor, principal indicador da inflação, subirá 3% em 2009. O índice atingiu um recorde de 8,7% em fevereiro, e alcançou 7% nos primeiros nove meses do ano, muito superior à meta de 4,8% estabelecida pelo governo.
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