O grupo dos 150 milhões de trabalhadores migrantes da China tem uma consciência fraca quanto à prevenção de HIV/Aids, o que constitui um problema grave na sociedade chinesa.

O Ministério da Saúde anunciou em setembro que o sexo já substituiu as drogas injetáveis como a principal causa de transmissão de HIV/Aids no país.

Segundo o ministério, de janeiro a setembro do ano, 44.839 casos de HIV/Aids foram confirmados na China e 6.897 pessoas morreram em decorrência do vírus.

Até agora, números oficiais mostram que 264.302 pessoas contraíram HIV, das quais 77.753 já apresentaram sintomas provocados pela Aids. Na China, há o registro de 34.864 mortes de portadores.

O governo chinês e organizações não governamentais lançaram campanhas de prevenção contra HIV/Aids voltadas aos trabalhadores migrantes.

O Conselho de Estado da China divulgou em 2006 um regulamento nacional sobre HIV/Aids, e conforme o Plano de Ação de Aids para o 11º Plano Qüinqüenal (2006-2010), os programas de prevenção serão introduzidos a 90% dos trabalhadores migrantes em 2010.

Em julho, a Organização Internacional de Força de Trabalho (ILO, em inglês) e a Federação Nacional dos Sindicatos da China (ACFTU, em inglês) iniciaram conjuntamente um projeto de três anos para fornecer educação e treinamento gratuitos de prevenção, além de tratamento grátis a trabalhadores migrantes nas províncias de Guangdong, Yunnan e Anhui, e na Região Autônoma de Uigur de Xinjiang.

Outra campanha foi iniciada nesta semana pela ILO, ACFTU, Escritório do Comitê de Trabalho de Aids do Conselho de Estado, o Ministério dos Recursos Humanos e da Seguridade Social e a Confederação de Empresas da China. A atividade busca reduzir a discriminação contra HIV/Aids e estimular o sexo seguro entre trabalhadores migrantes.

Além dos programas de educação, o governo instalou também máquinas automáticas de venda de camisinhas em certas áreas. Até o momento, em Beijing há 3 mil máquinas em locais de divertimento.