A maior contribuição da China à economia mundial neste momento é continuar fazendo esforços para fortalecer sua economia, disse segunda-feira o presidente do Banco Mundial, Robert B. Zoellick, em visita ao país asiático.
"O que a China pode fazer melhor é manter o crescimento da economia", disse Zoellick aos repórteres depois das conversações com importantes funcionários econômicos chineses na segurança-feira. "Mas isso não será fácil devido à recessão que a China já está enfrentando no comércio internacional", explicou o presidente do Banco Mundial.
As exportações da maior economia emergente do mundo caíram no mês passado para US$ 115 bilhões, uma queda anual de 2,2% e a primeira diminuição desde junho de 2001, segundo as cifras da Administração Geral das Alfândegas do país asiático.
O governo chinês adotou uma série de políticas fiscais e monetárias e anunciou um pacote de estímulo econômico maciço de US$ 584 bilhões para ajudar a economia a superar os efeitos do distúrbio financeiro mundial.
O dinheiro será usado, nos próximos dois anos, para financiar projetos em dez áreas principais, como residências de baixo custo, infra-estrutura nas áreas rurais, água, eletricidade, meio ambiente, inovação tecnológica, reconstrução das áreas afetadas por vários desastres naturais. Parte da quantia já havia sido anunciada como investimento antes do pacote de estímulo ser divulgado.
Zoellick elogiou o governo chinês pela construção de infra-estrutura e por priorizar os projetos relacionados com o bem-estar social da população.
Quanto à economia mundial, Zoellick disse que os próximos anos serão "muito difíceis", sobretudo a primeira metade de 2009, devido às incertezas geradas pela crise.
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