Uma vacina contra a AIDS desenvolvida por cientistas chineses teve as provas clínicas iniciais concluídas com "bons resultados", mas os pesquisadores advertem que ainda são necessários mais estudos para comprovar a efetividade.
O professor Shao Yiming, do Centro Nacional para Controle e Prevenção de Enfermidades da China, disse segunda-feira que a primeira parte da primeira etapa das provas clínicas sobre a vacina foi concluída com "resultados seguros e bons".
"Com base nestes resultados, podemos dizer que a vacina é mais efetiva que as vacinas que estão sendo pesquisadas no exterior", disse Shao em um fórum organizado pelo Centro de Desenvolvimento de Biotecnologia da China.
Shao revelou na reunião que a segunda parte da primeira etapa das provas clínicas já começou.

A Administração da Supervisão de Alimentos e Medicamentos do Estado da China, autorizou a prova clínica da vacina de fabricação nacional há um ano. As provas anteriores, feitas em ratos e macacos, indicam que a vacina é segura e efetiva para estimular a imunidade de células e fluídos corporais.
Shao disse que o soro constitui um novo acesso para combater o vírus. Os pesquisadores usaram a vacina da varíola como portadora da vacina do AIDS e trataram de pôr o gene do vírus na vacina da varíola para permitir a produção de anticorpos dentro do corpo humano.
A diferença de outras vacinas que não passaram as provas prévias é que a nova vacina tem um vetor replicante, que significa que está desenhado para matar o vírus do HIV, replicando-o.
No mundo ainda não existe uma vacina efetiva do HIV/AIDS e duas vacinas que chegaram na terceira etapa das provas clínicas também fracassaram, indicou Shao.
A vacina deve passar por três etapas de provas clínicas antes de entrar em produção. A primeira etapa está se concentrada na segurança. A segunda avaliará a segurança e a natureza de imunidade da vacina e a terceira analisará a proteção que oferece para grupos de alto risco.
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