O ministro da Proteção Ambiental, Zhou Shengxian, disse hoje aos governos locais que a poluição em nome do crescimento econômico não é mais tolerável.

"Na fase primária do socialismo, desenvolvimento econômico lento ou parado por proteção ambiental não é aceitável. Mas poluição também não é", disse Zhou citado quinta-feira pelo jornal Diário do Povo.

Na província de Yunnan, no sudoeste do país, para discutir a poluição por arsênico no Lago Yangzonghai, Zhou perguntou aos funcionários:

"Qual é o ponto do desenvolvimento em desenvolver a economia e aumentar o nível de vida para o povo, mas tendo que sofrer por causa da poluição e degradação ambientais?

"Se precisássemos beber água poluída conduzindo BMWs, seria uma ironia amarga da modernização", disse o ministro, acrescentando que "não queremos definitivamente tal desenvolvimento".

"A China já obteve resultados significativos desde que começou a reforma econômica há 30 anos, mas ninguém pode negar que pagamos um preço ambiental e de recursos naturais grande para atingir desenvolvimento rápido", disse Zhou.

O Lago Yangzonghai, famoso por suas primaveras, teve arsênico detectado em junho deste ano, na altura da cidade de Yuxi.

Uma companhia local, Jinye Industry and Trade Co. Ltd., foi acusada de causar a poluição.

O vice-primeiro-ministro da China, Li Keqiang, assinalou que os crescentes esforços da proteção ambiental ajudarão de forma significativa a impulsionar a demanda interna e a abrir novos pontos de crescimento econômico.

A China manterá a proteção do meio ambiente como prioridade para beneficiar a população e garantir uma economia estável, disse Li na reunião anual do Conselho da China para a Cooperação Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CCIMAD).

A China enfrenta difíceis tarefas na proteção de seu meio ambiente já que é o maior país em desenvolvimento com um enorme potencial de crescimento econômico.

Além disso, o vice-primeiro-ministro chinês prometeu que o país coordenará os recursos econômicos e sociais ao desenvolvimento do meio ambiente.

A China cooperará ativamente com outros países em tecnologia, administração e recursos humanos da proteção ambiental, destacou.

Li disse que o país decidiu adotar ativas políticas fiscais e flexibilizar moderadamente as políticas monetárias em resposta à crise financeira global e fará outros importantes ajustes para manter o crescimento econômico.

Estabelecido em 1992, o CCIMAD é integrado por especialistas e personalidades públicas da China e do exterior, e é responsável por proporcionar propostas e assessorias ao governo chinês.