A província de Sichuan, região no sudoeste da China afetada pelo terremoto de 12 de maio, presenciou um crescente investimento externo nos últimos meses, disse o vice-governador da província, Huang Xiaoxiang, em uma feira de investimento realizada na província de Fujian, sudeste do país.
"O governo provincial enfatizou o trabalho de ajuda e o desenvolvimento depois do mortal terremoto", disse Huang, em um seminário especial de investimento para a província, realizado na cidade costeira de Xiamen, em Fujian.
Nos primeiros sete meses, o volume de contratos de investimento externo na província aumentou 30% anualmente e mais quatro companhias internacionais das 500 maiores do mundo se estabeleceram lá, disse Huang.
Atualmente, 139 das 500 maiores empresas do mundo estão operando em Sichuan.
Desde o terremoto de 12 de maio, que causou a morte de 69.226 pessoas, mais de 90% das principais empresas na província retomaram operações e 93% das redes de negócios e serviços foi restabelecida, informou.
Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre chegou a 538,85 bilhões de yuans (cerca de US$ 78,7 bilhões), valor 9,1% maior.
O volume de exportação e importação de Sichuan, no período de janeiro a julho, aumentou 58,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.
"Sichuan ainda enfrenta a necessidade de uma grande quantidade de dinheiro para financiamento, apesar dos esforços do governo central, local e de outros setores da sociedade", disse Huang em uma conferência realizada na cidade de Xiamen.
Sichuan necessita de 1,67 trilhão de yuans (cerca de US$ 245,6 bilhões) para os trabalhos de reconstrução depois do devastador terremoto de 12 de maio, assinalou Huang na terça-feira.
Os fundos totais arrecadados, incluindo os dos governos central e provinciais, doações estrangeiras e receitas pela loteria, representam menos de 25% do necessário para o trabalho de reconstrução.
Huang assinalou que a província reconstruirá 4,5 milhões de casas urbanas e rurais, 51 mil quilômetros de auto-estradas, 5,5 mil quilômetros de vias ferroviárias, 11,7 mil escolas e 9,7 mil instituições médicas.
Além disso, 2 mil represas, 810 usinas de energia e mais de 100 mil hectares de terras agrícolas precisam ser restauradas.
O trabalho de reconstrução consumirá 37 milhões de toneladas de aço, 370 milhões de toneladas de cimento, 210 bilhões de tijolos e 20 milhões de metros cúbicos de madeira.
No total, 39 áreas rurais e montanhosas da província sofreram graves afetações, enquanto que o potencial econômico continua se concentrando na zona econômica central de Chengdu, a capital provincial, e nas cidades de Deyang e de Mianyang, que não foram danificadas gravemente pelo terremoto, disse.
O governo nacional emitiu uma série de políticas para apoiar a reconstrução, que abrangem recursos governamentais, políticas financeiras e fiscais preferenciais, oferta de recursos e créditos subsidiados.
A reconstrução atraiu a atenção mundial, incluindo a da McKinsey and Company, uma empresa de consultoria mundial focada em solucionar problemas de gestão de alto nível.
Mais companhias internacionais realizaram pesquisas, tais como a gigante da computação Cisco Systems e Honeywell, um importante conglomerado americano que fornece produtos para o consumidor, serviços de engenharia e sistemas aeroespaciais.
Acompanhadas por outras organizações, como a Cruz Vermelha dos Estados Unidos, as companhias estiveram lideradas por Skip Kissinger, diretor do Gabinete de Desenvolvimento Geral e da Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (USAID).
A agência governamental USAID presta assistência econômica e humanitária a nível mundial em nome dos Estados Unidos há mais de 40 anos.
Companhias de altíssimo nível, incluindo a DELL, Cisco e General Electric (GE) também estão planejando estabelecer sucursais em Sichuan. A GE até planeja criar uma representação regional na província.
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