A China e o México anunciaram o estabelecimento de um mecanismo de diálogo estratégico durante a reunião entre os presidentes chinês, Hu Jintao, e mexicano, Felipe Calderón Hinojosa.
Eles concordaram em fortalecer o diálogo estratégico e expandir a cooperação bilateral, a fim de impulsionar as relações estáveis, saudáveis e a longo prazo.
Os dois chefes de Estado acabaram de se encontrar em Sapporo do Japão, quando participavam da sessão ampliada da cúpula do Grupo dos Oito (G8).
Durante a conversa, Hu apresentou uma proposta de quatro pontos para consolidar as relações sino-mexicanas:
--Fortalecer o diálogo político, manter contatos de alto nível e implementar o plano de ação de 2006 a 2010 para promover a parceria estratégica;
--Impulsionar a cooperação econômica de ganhos duplos. O governo chinês incentiva suas empresas a investirem em infra-estrutura no México, incluindo portos, estradas e estações hidroelétricas, e apóia a cooperação em mineração, telecomunicações, agricultura e pescaria;
--Promover intercâmbios de pessoal nas áreas de cultura, educação, medicina tradicional e desenvolvimento social;
--Promover a cooperação e consulta multilaterais nos principais assuntos internacionais para proteger os direitos legítimos dos países em desenvolvimento.
Hu expressou apreço pelo apoio do México à política de Uma Só China, em relação aos assuntos de Taiwan e Tibet.
Calderón chegou a Shanghai na quarta-feira, iniciando uma visita de quatro dias à China. O presidente mexicano veio a Beijing na quinta-feira à noite.
Calderón prometeu que seu país irá aumentar as exportações para a China, acrescentando que os dois governos devem criar condições para investimentos mútuos, e fortalecer cooperação em agricultura, proteção ambiental e energia renovável.
O presidente mexicano desejou uma Olimpíada bem-sucedida a Beijing.
Depois da reunião, os dois países assinaram vários documentos, além do acordo sobre a promoção e a proteção de investimento mútuo.
Um comunicado conjunto à imprensa foi emitido na sexta-feira, ressaltando que os dois chefes de Estado concordaram em fortalecer as consultas na ONU e em outras organizações internacionais para melhorar o multilateralismo.
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