Quando falamos da indústria do alumínio, as pessoas se lembram do alto consumo de recursos e muita poluição. Mas, na Corporação de Alumínio da China (Chinalco), maior empresa de metais não-ferrosos do país, a reportagem encontrou poupança de energia, utilização de recursos integrada e redução da emissão de poluentes, graças a um reajuste da estrutura industrial e à inovação tecnológica.
Atualmente, o valor patrimonial da Chinalco ultrapassa 200 bilhões de yuans. Ela ocupa o segundo lugar no ranking mundial de produção de óxido de alumínio e a terceira posição na produção de alumínio eletrolítico. Frente ao rápido crescimento econômico e à procura por matérias-primas a cada dia maior, a Chinalco percebeu claramente que poupar energia e reduzir as emissões era essencial para o desenvolvimento sustentável da empresa.
A Chinalco considera que, para conseguir um desenvolvimento sustentável e criar uma empresa poupadora de energia e ambientalmente correta, deve remodelar sua estrutura industrial. A empresa eliminou seus setores obsoletos, fechando linhas de produção de alto consumo de energia e altamente poluentes. Ao mesmo tempo, aumentou a produção de produtos com alto valor agregado e aperfeiçoou os procedimentos. Além disso, a Chinalco planeja construir um projeto de reciclagem de alumínio. O vice-gerente-geral, Ao Hong, disse:
"Recentemente, em Qingdao, investimos em um projeto de reciclagem de alumínio com capacidade de produção anual de 200 mil toneladas. Também investimos em Nanhai, na província de Guangdong, em um projeto de liga de alumínio que também se decida à reciclagem do metal. Tudo isto é para fortalecer o reajuste estrutural dos produtos e da indústria."
Para alcançar os objetivos de poupar energia e reduzir a poluição, a Chinalco dá prioridade aos trabalhos de inovação tecnológica. Desde 2001, a empresa investiu um total de 6,8 bilhões de yuans na área, criando uma série de procedimentos originais e internacionalmente avançados que abrangem exploração, extração, siderurgia e reciclagem de resíduos. O gerente-geral da empresa, Xiao Yaqing, disse:
"O investimento em ciência e tecnologia é uma medida fundamental de poupança de energia e redução de emissões, que pode garantir um benefício de longo prazo."
Segundo Ao Hong, a China não tem vantagens naturais para exploração do alumínio:
"O teor das minas de alumínio da China é muito baixo, por isso, na produção do óxido do alumínio temos que gastar mais álcali e eletricidade. A reserva de nossos recursos naturais não é suficiente para apoiar o desenvolvimento econômico de longo prazo. Por isso, fazemos muitos esforços para melhorar o procedimento."
Para resolver o problema, a Chinalco aumentou o investimento na inovação tecnológica e criou um novo processo de seleção de minas:
"O nosso procedimento antigo não satisfazia às metas de poupança de energia. Fizemos estudos profundos sobre o processo Bayer original, inserimos novas etapas e melhoramos outras. Com isto, obtivemos efeitos destacados de poupança de energia."
Graças ao novo processo, o investimento na infra-estrutura das minas de alumínio foi reduzido em 20%, enquanto a despesa e o consumo de energia caíram, respectivamente, em 10% e 50%. Atualmente, a empresa utiliza a nova tecnologia para produzir 600 mil toneladas de óxido de alumínio por ano.

O alto consumo de eletricidade na produção do alumínio eletrolítico é uma questão mundial. No início deste ano, a nova tecnologia desenvolvida pela Chinalco conseguiu reduzir sensivelmente este consumo no processo de eletrólise e a emissão de mistura de hidrocarbonetos e fluorídricos, elementos que podem prejudicar a camada de ozônio. A nova tecnologia trouxe à empresa uma economia de 1,2 bilhão de quilowatts por hora de eletricidade.
Com a redução da poluição, o ambiente de trabalho dos operários também melhorou. O operário Chen Jun disse:
"Antigamente, a luz do fogo dos fornos iluminava a nossa fábrica, enquanto a poeira nublava a visão dos operários. Agora, o lugar está espaçoso e limpo, e os operários podem trabalhar com mais conforto."
Segundo Ao Hong, desde 2001, a média de consumo de energia da produção foi reduzida em 21%. A empresa elaborou o projeto de alcançar até 2010 o alumínio ecológico. Ao Hong disse:
"Determinamos o objetivo de reforçar a economia de recursos e criar a indústria de alumínio ecológica. Comparando com 2005, a emissão de dióxido de enxofre deve cair em 10% até 2010. O consumo de energia por unidade de valor agregado industrial será reduzido em 20%, enquanto a taxa de reciclagem de resíduos industriais sólidos deve aumentar em 5%."
|