O Grupo de Aviação HNA, quarta maior companhia aérea da China e proprietária da Hainan Airlines, pretende criar em parceria com o governo da província de Yunnan (sudoeste do país) uma nova empresa transportadora aérea.
Segundo o acordo assinado entre o HNA e o governo provincial de Yunnan sexta-feira passada, a empresa Grand China Air, vinculada ao HNA, terá uma participação controladora no novo empreendimento, denominado Yunnan Airlines. O resto das ações da nova companhia iriam para a Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais da província.
A Yunnan Airlines deterá principalmente os ativos da Lucky Air, uma outra empresa subordinada ao HNA lançada em 2006 na mesma província e que contava com seis aviões. A futura aerolínea deverá contar com mais de 30 aviões dentro de três anos, afirmou Chen Feng, presidente do HNA.
No passado, a província teve sua própria empresa aérea, que se estabeleceu em 1993 com a aprovação da Administração da Aviação Civil da China (AACC). Essa empresa foi absorvida pela China Eastern Airlines em 2002, quando o governo chinês consolidou a indústria de transporte aéreo através da consolidação dos três maiores grupos empresariais nacionais: Air China, China Eastern e China Southern Airlines.
A China Eastern, no entanto, teve problemas de administração e de gestão de pessoal das empresas adquiridas. Teriam havido conflitos e divergências entre o governo de Yunnan e essa empresa com base em Shanghai.
A AACC suspendeu recentemente o direito da China Eastern de efetuar vôos comerciais em duas rotas e reduziu a freqüência de suas seis rotas em Yunnan.
A entidade reguladora de aviação redistribuiu as rotas da China Eastern para seus quatro concorrentes. Estima-se que a perda das rotas deverá custar à China Eastern 405 milhões de yuans.
No dia 31 de março, alguns dos comandantes dos vôos da companhia que partiram de Yunnan fizeram com que suas aeronaves voltassem ao aeroporto de origem. Investigações da AACC apontaram que apenas três dos 21 vôos regressados puderam justificar essa manobra pelo mau tempo ou falha técnica. Os demais pilotos afirmaram à imprensa que o que tinham feito foi um protesto contra o tratamento e o pagamento insatisfatórios que recebiam.
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