O forte terremoto acontecido na província de Sichuan, sudoeste da China, não terá um grande efeito na economia nacional, conforme revelaram terça-feira alguns especialistas.
O sismo só poderia afetar a atividade econômica "em áreas limitadas e algumas indústrias locais a curto prazo", indicou Feng Fei, subdiretor do departamento de pesquisa de economia industrial do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento do Conselho de Estado (gabinete chinês).
Ele assegurou em uma entrevista à Xinhua que o sismo terá menor influência na economia chinesa que as tempestades de neve, que afetaram o crescimento econômico durante o primeiro trimerstre do ano.
O analista de mercado financeiro da Southwest Securities, Xie Xuecheng, afirmou que o terremoto poderia piorar a já alta pressão inflacionária na China. O índice de preços ao consumidor (IPC) aumentou 8,5% em abril em relação ao mesmo mês do ano passado.
Devido a que Sichuan é um dos maiores produtor de grãos e carne de porco, o fornecimento de grãos poderia ser afetado, enquanto as restrições no transporte para os criadores de porco poderiam conduzir a um aumento nos preços da carne suína, disse Xie.
No entanto, o analista Li Feng, da Galaxy Securities, assegurou que "os aumentos nos preços são pouco prováveis, uma vez que o transporte para Sichuan só foi afetado parcialmente".
Feng concordou com opiniões de Li, dizendo que o terremoto não poderia afetar o equilíbrio geral entre a demanda e a oferta das principais mercadorias e energia.
"Diferente do desastre de neve ocorrido no início do ano, não há grandes empresas localizadas nas zonas afetadas por este novo desastre", indicou Feng.
Sichuan é uma importante fonte de gás natural, mas muitos de seus campos de gás natural, como as granjas de criação de porcos, se encontram no sul, enquanto que o epicentro está localizado no norte da província.
O Ministério da Agricultura declarou terça-feira que as perdas no campo por causa do terremoto "não devem ser subestimadas" e chamou os funcionários locais para que assegurem o fornecimento e fortaleçam a vigilância do mercado de grãos e de comida fresca.
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