Diplomatas e especialistas em direitos humanos chineses e estrangeiros pediram recentemente que outros países fiquem fora do assunto do Tibet da China.
O problema do Tibet é um assunto interno da China, "por isso ninguém deve se envolver e intervir nele", disse à Xinhua a assistente especial do subsecretário do Ministério das Relações Exteriores das Filipinas, Lovelia Cabrera Laping, que assistiu ao Fórum de Direitos Humanos de Beijing.
Laping fez a declaração ao comentar um artigo escrito pela subsecretária dos Estados Unidos para Assuntos Globais, Paula J. Dobriansky, no jornal Washington Post, onde Dobriansky assinalou que o assunto do Tibet reflete a "prolongada repressão na China nas liberdade religiosa, cultural e outras".
Dobriansky se reuniu no dia 21 de abril com o Dalai Lama em Michigan apesar da forte oposição da China.
O subdiretor do Departamento de Assuntos Multilaterales do Ministério das Relações Exteriores da Argélia, mencionou que a soberania da China merece o respeito de outros países.
Se algum país tentar interferir abruptamente nos assuntos internos de outras nações de acordo com seus próprios padrões, isso só causará conflito e ruptura das relações internacionais, assinalou Saadi, um dos 110 representantes de 32 países e organizações internacionais que assistiram ao fórum.
Falando sobre o artigo de Dobriansky, o vice-presidente da Universidade Central para Nacionalidades de Beijing, Sherab Nyima, assinalou que os escravos no antigo Tibet, que representavam 95% da população antes da liberação pacífica da região em 1951, nunca tiveram respeito por seus direitos humanos.
"Por um longo tempo, os 'direitos humanos' foram apenas uma ferramenta explorada por alguns ocidentais para atacar a China", afirmou.
A professora de pesquisas internacionais na Univerdidade de Pequim, Luo Yanhua, comentou que "eles só tentam pressionar a China com este assunto para forçar o governo chinês a obedecer seus arranjos".
O vice-reitor da Universidade das Etnias da China, Shesrab Nyima, condenou o parlamento municipal de Paris que deu o título de cidadão honorário ao Dalai Lama.
O diretor do Centro de Pesquisa em Direitos Humanos da Universidade Nankai, Chang Jian, disse que a atitude de alguns países ocidentais na questão do Tibet mostrou que eles não querem ver uma China próspera e usam critérios duplos na questão dos direitos humanos.
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